SA3.22 - SAÚDE DO IDOSO (TODOS OS DIAS)
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41422 - DIABETES E ENVELHECIMENTO: ANÁLISE DO PERFIL FARMACOEPIDEMIOLÓGICO DE IDOSOS RESIDENTES NO MUNICIPIO DE SÃO PAULO, DADOS DO ESTUDO SABE (SAUDE, BEM-ESTAR E ENVELHECIMENTO) PAULA MARTINS SANTUCCI - FSP/USP, YEDA APARECIDA DE OLIVEIRA DUARTE - FSP/USP
Apresentação/Introdução A alta prevalência de diabetes em idosos está associada à multimorbidades e surgimento gradativo de incapacidades. O controle dos níveis glicêmicos exige o cumprimento de esquemas terapêuticos e mudanças no estilo de vida para prevenir complicações agudas e crônicas, que acarretam prejuízos à capacidade funcional, independência e qualidade de vida do indivíduo.
Objetivos Descrever o perfil farmacoepidemiológico dos idosos com diabetes referida e sua relação com o controle glicêmico.
Metodologia Estudo descritivo que utilizou a base de dados do Estudo SABE (Saúde, Bem-estar e Envelhecimento) obtidos através das respostas dos idosos (≥ 60 anos) residentes no município de São Paulo no ano 2010. Foram considerados indivíduos com diabetes autorreferido (n=335) analisados quanto ao tratamento medicamentoso (antidiabético oral, insulina, ambos ou nenhum), esquema terapêutico (1, 2 ou 3 antiabéticos) e controle glicêmico (hemoglobina glicada <7,5%). Foram obtidas medidas de frequência de distribuição para as variáveis categóricas e os indivíduos agrupados segundo o esquema terapêutico foram comparados a partir do controle glicêmico.
Resultados Mulheres (67%), entre 60-69 anos (44%), cor branca (57%) e até 3 anos de estudo (41%), referiram hipertensão (85%), tabagismo (7%), consumo moderado de álcool (9%) e apresentaram dislipidemia (42%) e obesidade (38%). Os antidiabéticos orais foram mais utilizados (71%) e esquemas com 1 antidiabético (48%) da classe biguanidas (59%) mais prevalentes. Associações com 2 (29%) (80% biguanidas+sulfonilureias) e 3 (4%) antidiabéticos (62% insulina+biguanidas+sulfonilureias) observados, seguem os protocolos de recomendação municipal. O controle glicêmico (65%) foi observado nos esquemas com 1 antidiabético (71%), enquanto 78% daqueles com 3 antidiabéticos apresentaram hemoglobina glicada≥7,5%.
Conclusões/Considerações O controle glicêmico é um desafio, especialmente para os idosos. Seguir o tratamento e adotar práticas saudáveis pode não ser simples e, embora o tratamento deva ser ajustado individualmente, observa-se que uma parcela dos idosos pode estar em uso de tratamento ineficaz, que, aliado às alterações fisiológicas próprias do envelhecimento, os tornam mais suscetíveis à problemas relacionados aos medicamentos que podem afetar o sucesso da terapêutica.
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