Sessão Assíncrona


SA3.22 - SAÚDE DO IDOSO (TODOS OS DIAS)

41031 - A APLICAÇÃO DO IVCF-20 COMO INSTRUMENTO PILOTO PARA APRIMORAMENTO DO CUIDADO À POPULAÇÃO IDOSA NA REDE EM SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SÃO LEOPOLDO/RS
MURILO SANTOS DE CARVALHO - UNISINOS, LISIANE MACHADO BITENCOURT DA SILVA - SEMSAD, FERNANDA CALEGARO LERNER - UNISINOS, FERNANDA COPETTI MÜLLER - UNISINOS, ANA PAULA BECKER - SEMSAD, CLAUDIA LAIDETE LUZ DA SILVA - UNISINOS, TAINARA DA ROSA - UNISINOS, VITÓRIA APARECIDA ALLIEVI - UNISINOS, FRANCIELE SOUZA SANTOS - ULBRA, SCHEILA MAI - UNISINOS


Apresentação/Introdução
Considerar o risco de fragilidade e fragilidade dos idosos dentro do território da Atenção Primária em Saúde (APS) é necessário. O envelhecimento populacional atrelado ao aumento da expectativa de vida desafia gestores e profissionais de saúde a pensarem em ações voltadas à população idosa.

Objetivos
Avaliar a utilização de um instrumento de identificação de vulnerabilidade em idosos no território; fomentar a discussão para elaboração do protocolo municipal do Idoso (PMI), apoiar a estruturação do centro municipal e o dimensionamento das equipes.

Metodologia
Elegeu-se uma das maiores Unidades Básica de Saúde composta por duas Equipes de Saúde da Família (eSF), com 684 idosos adscritos, como referência modelo para aplicação do Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional - IVCF-20 pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) durante as visitas domiciliares. O IVCF-20 é um questionário seguro, rápido e de fácil aplicação que considera aspectos multidimensionais. Varia sua classificação de 0 a 40 pontos, sendo que quanto mais alta a pontuação, maior o risco de vulnerabilidade: idoso robusto (0-6), idoso pré-frágil (7-14) e idoso frágil (≥15 pontos). Quatorze ACS realizaram a coleta por amostragem de conveniência durante o mês de fevereiro de 2022.

Resultados
Participaram da avaliação um total de 354 (51,7%) dos 684 usuários idosos adscritos ao território. Destes, 33,3% (n=118) foram classificados como idosos pré-frágeis e 28,3% (n=100) como frágeis. Os dados estão subsidiando espaços de discussão entre profissionais da saúde, gestores, controle social e instituições de ensino parceiras na elaboração do PMI, bem como da estruturação de estratégias de funcionamento do Centro Municipal de cuidado à pessoa idosa e a respectiva distribuição das equipes pertencentes ao espaço. Trata-se de um desafio persistente para o SUS, na medida em que o envelhecimento populacional pode estar atrelado a maior vulnerabilidade clínica funcional da população.

Conclusões/Considerações
Observa-se que mais da metade dos idosos da amostra apresentou risco de fragilização ou fragilização. O instrumento aplicado como triagem inicial na APS, pode servir como parâmetro para determinação dos fluxos da Atenção à População Idosa nos diferentes níveis de atenção. Conhecer o perfil dos idosos adscritos no território é fundamental para o estabelecimento de ações e linhas de cuidados efetivas no processo de atenção à saúde dessa população.