SA3.22 - SAÚDE DO IDOSO (TODOS OS DIAS)
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39772 - FRAGILIDADE COGNITIVA EM IDOSOS BRASILEIROS: O PAPEL DA IDADE E SEXO IONE JAYCE CEOLA SCHNEIDER - UFSC, VANESSA PEREIRA CORREA - UFSC, TAUANA PRESTES SCHMIDT - UFSC, DANIELLE SOARES ROCHA VIEIRA - UFSC, CESAR DE OLIVEIRA - UCL
Apresentação/Introdução A fragilidade cognitiva é definida como a presença simultânea do fenótipo de fragilidade física e comprometimento cognitivo, desde que não esteja relacionado ao diagnóstico de demência ou doenças neurodegenerativa.
Objetivos Investigar a prevalência de fragilidade cognitiva em idosos e sua relação com a idade e sexo.
Metodologia Estudo transversal com dados do ELSI-Brasil, 2015-16. A fragilidade cognitiva foi definida como a presença de fragilidade (presença de três das cinco características: perda de peso, fraqueza, redução da velocidade de marcha, exaustão e baixa atividade física) e comprometimento cognitivo (escore z<=-1DP composto pela média dos escores z da orientação, da recordação imediata e tardia de 10 palavras e da fluência verbal semântica, por idade e escolaridade). Foi realizada análise descritiva e de regressão logística e ajustada por sexo, idade, situação conjugal, renda e doenças crônicas. Foi testada a interação entre sexo e idade.
Resultados 7.550 participantes com dados completos foram incluídos, 53,0% do sexo feminino. A média de idade foi de 61 anos. A prevalência de fragilidade cognitiva foi de 1,9% (IC95%:1,5;2,3). A fragilidade foi identificada em 7,6% (IC95%:6,8;8,5), e o componente mais prevalente foi a exaustão (27,5%; IC95%: 25,4;29,9). O comprometimento cognitivo esteve presente em 12,9% (IC95%:11,5;14,4), e a memória foi o domínio com maior prevalência (15,7%; IC95%:14,1;17,5%). A prevalência da fragilidade cognitiva foi fator associado de forma independente com a idade, com aumento de 8% com aumento de cada ano (OR:1,08; IC95%: 1,06;1,11), e não houve interação com sexo.
Conclusões/Considerações A prevalência de fragilidade cognitiva é baixa e semelhante a de outros países. Percebe-se que há aumento significativo com idade. Entretanto, cabe destacar que pessoas entre 50 e 59 anos, apesar da baixa prevalência, também apresentaram fragilidade cognitiva, mostrando necessidade do rastreamento e implementação de programas de prevenção dessa condição.
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