SA3.21 - OS DESAFIOS DA GESTÃO HOSPITALAR (TODOS OS DIAS)
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42334 - INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS EM GESTÃO DO CUIDADO HOSPITALAR: “A VIDA COMO ELA É” - SINGULARIDADES E DIVERSIDADES DOS USUÁRIOS E ALTA RESPONSÁVEL FRANCIELE FINFA DA SILVA - UNIFESP, LARISSA MARIA BRAGAGNOLO - UNIFESP, ARTHUR CHIORO - UNIFESP, ANA LÚCIA PEREIRA - UNIFESP, ELEN PAULA RODRIGUES - HOSPITAL SANTA MARCELINA, OLÍVIA FELIX BIZETTO - UNIFESP, SANDRA MARIA SPEDO - UNIFESP, NICANOR PINTO - UNIFESP, GRAÇA CARAPINHEIRO - CIES-ISCTE-IUL, ROSEMARIE ANDREAZZA - UNIFESP
Apresentação/Introdução A reestruturação de sistemas de saúde exige transformações nas práticas de cuidado e das organizações. Processos racionalizadores demonstram-se insuficientes para sustentar um novo hospital do e para o SUS. Torna-se necessária a produção de práticas que tomam como centro o cuidado, e que pensam a governança e gestão da clínica na perspectiva da integralidade, como os arranjos tecnológicos.
Objetivos Analisar os mapas de cuidado de cuidado antes e após a internação e de pessoas com Doença Renal Crônica (DRC), a partir da Alta Responsável (AR), produzida em um hospital de grande porte do município de São Paulo, na enfermaria de nefrologia.
Metodologia estudo qualitativo, tipo estudo de caso, com elementos da pesquisa etnográfica, com uso de múltiplas técnicas para a produção dos dados, como análise documental, oficinas de trabalho com dirigentes e equipe do hospital, observação participante dos arranjos tecnológicos escolhidos em comum acordo com a equipe do hospital, acompanhamento de usuários-guia internados, preferencialmente em virtude de condições crônicas de saúde, onde suas histórias de vida foram consideradas para compor a análise, elaboração de narrativas de pacientes, cuidadores e a da equipe assistencial. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e conta com financiamento da FAPESP (PPSUS-2019).
Resultados Identificamos a diversidade de idade, moradia, grau do adoecimento, tempo de diagnóstico, ausência de família ou rede de apoio das pessoas com DRC. Os usuários relatam que a "Vida muda 180°” após o diagnóstico, o que repercute nos modos de andar a vida. No caminho até o hospital há ausência da APS e o agir leigo autopoiético dos usuários opera para o acesso aos serviços de saúde. Eles chegam ao hospital de outros estados e de outros países, produzindo seus mapas de cuidados. Dentro do hospital há pouca participação no plano de cuidado e muito protagonismo dos usuários na procura por informações e vínculos. A partir da AR há encaminhamentos para a rede de especialidade, e novamente ausência da APS.
Conclusões/Considerações Mesmo com a invasão da vida no hospital, o protagonismo dos usuários é limitado no cuidado intra-hospitalar. A alta era uma surpresa para usuários e familiares. Somada a rotatividade dos médicos e o baixo protagonismo dos usuários aumentava a insegurança, revelando angústia e o medo do que estaria por vir. A vida após a alta demanda a ativação e articulação das diversas dimensões do cuidado deste usuário, e uma rede de cuidados robusta para DCNT.
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