SA3.21 - OS DESAFIOS DA GESTÃO HOSPITALAR (TODOS OS DIAS)
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41747 - SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO DO ESPÍRITO SANTO 1. FLÁVIA BATISTA PORTUGAL - UFES, 2. CARLA ADRIANA MARQUES - UFES, 3. SAVIA APARECIDA MEREGUETTE - UFES, 4. ANDRESA DE SÁ MORENO - UFES, 5. BRENDA WASHINGTON DA CRUZ SANTOS - UFES
Apresentação/Introdução As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são responsáveis por grande parte dos atendimentos de urgência e emergência no país. Contudo, apresentam desafios, tais como déficit de funcionários, escassez de recursos materiais, superlotação e outros. Tais situações, comprometem diretamente a segurança do paciente, tornando as UPAs propensas a eventos adversos (EA).
Objetivos Conhecer a perspectiva dos profissionais sobre a segurança do paciente em UPAs.
Metodologia Estudo transversal realizado em duas UPAs de Vitória – Espírito Santo. Os dados foram coletados em maio de 2022 por quatro pesquisadoras treinadas. Foram convidados a participar todos os profissionais da equipe de enfermagem e médica de todos os turnos de trabalho. Excluiu-se aqueles que estavam de férias ou de licença por qualquer motivo. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado sobre segurança do paciente, sendo a abordagem realizada no local de trabalho. Realizou-se dupla digitação a fim de corrigir as inconsistências e os dados foram analisados por meio da estatística descritiva. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFES.
Resultados Foram 172 profissionais, a maioria do gênero feminino (78,5%) e de 20 a 45 anos (48,3%). Houve predomínio de técnicos de enfermagem (52,3%), seguidos por enfermeiros (25%) e médicos (17,4%); e 60,5% possuíam outro vínculo. A grande parte relatou escassez de materiais (83%) e de profissionais (69,8%) na UPA. 58,1% relataram que a qualidade do serviço é razoável, 91,3% sabem o que é segurança do paciente e 66,9% conhecem os protocolos do Ministério da Saúde. 94,8% não foram capacitados sobre segurança do paciente e 73,8% relataram que os EA não são notificados ou não sabem se são. Uma minoria declara ter cometido algum EA (8,1%), entretanto, a maioria conhece alguém que tenha cometido (51,8%).
Conclusões/Considerações Diante dos resultados, nota-se a necessidade de avanços quanto a segurança do paciente nas UPAs. Primeiramente, é importante que haja capacitações sobre a temática, profissionais que sabem o que é um EA tendem a reconhecê-lo, notificá-lo e criar estratégias para minimizar sua ocorrência. Outro ponto a destacar, é que a oferta de recursos materiais e humanos deve ser adequada ao serviço para que seja prestada uma assistência de qualidade.
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