SA3.21 - OS DESAFIOS DA GESTÃO HOSPITALAR (TODOS OS DIAS)
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41576 - INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS EM GESTÃO DO CUIDADO HOSPITALAR: O DISPOSITIVO DA ALTA RESPONSAVEL ALTERA AS RELAÇOES INTERPROFISSIONAIS? LARISSA MARIA BRAGAGNOLO - UNIFESP, FRANCIELE FINFA - UNIFESP, ANA LUCIA PEREIRA - UNIFESP, LUMENA DE ALMEIDA DE CASTRO FURTADO - UNIFESP, LEONARDO MAURI - UNIFESP, ELEN PAULA RODRIGUES - UNIFESP, CRISTIANE ALVES HENRIQUE - UNIFESP, NICANOR RODRIGUES PINTO - UNIFESP, ARTHUR CHIORO - UNIFESP, ROSEMARIE ANDREAZZA - UNIFESP
Apresentação/Introdução Para sustentar um novo hospital do e para o SUS, torna-se necessária a produção de práticas que tomem como centro o cuidado, e que pensem a governança, a gestão da clínica na perspectiva do trabalho interprofissional, da integralidade e da continuidade do cuidado. Arranjos tecnológicos de gestão do cuidado têm sido propostos nessa direção.
Objetivos Identificar e analisar alterações as relações interprofissionais na operacionalização do arranjo tecnológico da alta responsável (AR).
Metodologia Estudo qualitativo, tipo estudo de caso. A principal técnica de pesquisa foi a observação participante por 09 meses na enfermaria de nefrologia, registradas nos diários de campo, processados nos seminários ampliados de pesquisa - pesquisadores e profissionais do hospital. Par e passo realizaram-se entrevistas, com 08 com profissionais de saúde, 4 restituições à equipe da enfermaria, Para análise da empiria produziu-se 4 narrativas de cuidado com enfoque nas experiências dos usuários, dos médicos, da gestão e da equipe multiprofissional. Financiamento da FAPESP (PPSUS-2019).
Resultados A intencionalidade do trabalho interprofissional e a existência de equipe multiprofissional na enfermaria não foram suficientes para produzir um campo comum para o cuidado mais compartilhado. Os profissionais são acionados isoladamente diante de situações que escapam do controle médico. A enfermagem entrecruza os saberes e se move negociando a alta e acionado os profissionais. Os médicos detêm, não abrem mão, do seu poder; a enfermagem mantém uma submissão camuflada aos médicos e uma relação de parceria com os profissionais; os assistentes sociais são reconhecidos pelos médicos por um saber diante das vulnerabilidades sociais e das necessidades de continuidade do cuidado dos usuários.
Conclusões/Considerações Na análise micropolítica das relações entre os profissionais e das profissões o imperativo da medicina tecnológica, com seu poder-saber, ancorado na biomedicina, e na autonomia médica triunfa. Os outros saberes, compõem, a partir de processos de conversação, uma alta negociada, mas parecem ser periféricos e, se executados, são permitidos pelos médicos., diante de situações que não controlam, As relações de pertencimento e de confiança também surgiram.
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