Sessão Assíncrona


SA3.21 - OS DESAFIOS DA GESTÃO HOSPITALAR (TODOS OS DIAS)

39001 - MODELOS DE GESTÃO HOSPITALAR NO SUS: POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES NO ENFRENTAMENTO À PANDEMIA POR COVID-19
JOSEANE APARECIDA DUARTE - UFBA, JULIANA DOS SANTOS OLIVEIRA - UFBA, FANNY ALMEIDA WU - UNEB, DÉBORA MOURA PASSOS - UFBA, THADEU BORGES SOUZA SANTOS - UNEB, LAÍSE REZENDE DE ANDRADE - UFBA, ISABELA CARDOSO DE MATOS PINTO - UFBA


Apresentação/Introdução
A Atenção Hospitalar no SUS, que historicamente enfrenta desafios à sua gestão, encontrou obstáculos maiores na pandemia, visto que esta exigiu medidas urgentes para garantia do funcionamento dos serviços e atenção aos usuários. Assim, particularidades dos modelos de gestão direta e indireta apresentaram-se como facilitadores e/ou dificultadores para gestão de hospitais de referência para COVID-19

Objetivos
Analisar as potencialidades e fragilidades dos diferentes modelos de gestão hospitalar no enfrentamento à pandemia por COVID-19.

Metodologia
Estudo de casos múltiplos sobre particularidades dos modelos de gestão que favoreceram ou dificultaram a operacionalização de serviços hospitalares na pandemia por COVID-19. A produção de dados considerou entrevistas semiestruturadas, virtuais, com informantes chave de hospitais de referência para a COVID-19, situadas em três regiões do país: Nordeste, Norte e Sudeste. O tratamento dos dados se deu pela análise de conteúdo, que permitiu agrupá-los a partir de seus núcleos de sentido, com composição de quatro categorias: equipe, insumos, estrutura e regulação. Os resultados foram discutidos à luz do conceito da Capacidade de Governo, do Triângulo de Governo de Carlos Matus.

Resultados
Os resultados mostraram características do modelo PPP facilitando reorganização da estrutura física do hospital e reparos de equipamentos. Quanto às particularidades do modelo OS, as falas apontaram que favoreceram contratação de pessoal, com grande número de profissionais admitido em curtos espaços de tempo, o que possivelmente seria complexo através da gestão direta. Quanto à compra de insumos, não houve diferencial entre OS e PPP, tendo em vista que, por não seguirem Lei de licitações, são ágeis nas compras, ao tempo em que, para a gestão direta, houve rápido provimento pelas SES. Sob controle direto das centrais estaduais, a regulação das vagas não apresentou diferença entre os modelos.

Conclusões/Considerações
Embora para os entrevistados tenham sido aspectos inerentes aos modelos indiretos que facilitaram a gestão dos hospitais, a análise apontou que foram as condições excepcionais do Estado de Emergência de Saúde Pública, flexibilizando compras e ampliando financiamento, que permitiram a realização das ações necessárias, inclusive na gestão direta.