Sessão Assíncrona


SA3.20 - PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NO SUS E O DESAFIO DA JUDICIALIZAÇÃO (TODOS OS DIAS)

39684 - GASTOS DIRETOS E INDIRETOS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO BRASIL EM 2018: ESTIMATIVA BASEADA EM DADOS SECUNDÁRIOS
MÁRCIO FERNANDES DOS REIS - UFJF, GISELE APARECIDA FÓFANO - UFJF, ALFREDO CHAOUBAH - UFJF


Apresentação/Introdução
O acidente vascular cerebral (AVC) continua sendo uma das principais causas de morbimortalidade no Brasil, responsável por altos gastos diretos e indiretos em saúde.

Objetivos
Descrever e analisar pela perspectiva do sistema público o impacto que os gastos diretos e indiretos do AVC geraram no Brasil no ano de 2018.

Metodologia
Pesquisa observacional e descritiva, de coleta e análise de dados secundários do Sistema de Informação Ambulatorial e Hospitalar (SIA e SIH) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e da Base de Dados Históricos da Previdência Social (DATAPREV). Os dados foram tabulados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, version 21.0), analisados quanto sua distribuição normal e descritos por frequências, gastos diretos e indiretos, procedimentos realizados e as categorias sexo, faixa etária e cor da pele/etnia. O teste de correlação de Spearman foi utilizado para análise bivariada com grau de significância <0,05 entre as variáveis.

Resultados
Sexo masculino (53%), idosos (70%), presença de cor da pele/etnia branca (37%), tratamento clínico do AVC (93%) em período hospitalar e uso de diagnóstico por imagem em nível ambulatorial (57%), impactaram mais os gastos diretos do SUS. Correlação positiva (p<0,05) foi encontrada entre a incidência, o tempo de permanência intra-hospitalar e os gastos do SUS e uma correlação negativa (p<0,05) entre a taxa de mortalidade e esses mesmos gastos. Os gastos indiretos foram responsáveis por 21% dos gastos totais, principalmente devido às aposentadorias por invalidez (84%).

Conclusões/Considerações
Os gastos diretos do SUS foram maiores que os gastos indiretos previdenciários e devido ao envelhecimento populacional esses gastos tendem a aumentar, o que reforça a necessidade de políticas de prevenção para minimizar o impacto econômico do AVC no Brasil.