Sessão Assíncrona


SA3.19 - POLÍTICA E GESTÃO (TODOS OS DIAS)

43012 - CICLO DE GESTÃO 2017-2020: ANÁLISE DOS DESAFIOS ESTRATÉGICOS DA GESTÃO EM SAÚDE ATRAVÉS DA PERCEPÇÃO DOS GESTORES MUNICIPAIS DA REGIÃO NORDESTE.
KARLLA DANNIELLE DA SILVA GUEDES - UFPB, ANDRÉ LUÍS BONIFÁCIO DE CARVALHO - UFPB, MANUELLA RIBEIRO LIRA RIQUIERI - UFES, EDJAVANE DA ROCHA RODRIGUES DE ANDRADE - FIOCRUZ, ASSIS LUIZ MAFORT OUVERNEY - FIOCRUZ, NÁDIA MARIA DA SILVA MACHADO - MINISTÉRIO DA SAÚDE, THIAGO DIAS SARTI - UFES


Apresentação/Introdução
As práticas de gestão pública no SUS possuem expressões diversas, sendo os secretários de saúde, os atores responsáveis pela definição e conformação dos rumos da política de saúde no País. O referido estudo destaca-se como um estudo de abrangência nacional, com uma delimitação direcionada à região Nordeste; que é reconhecida por sua potencialidade na gestão em saúde.

Objetivos
Compreender qual a percepção dos secretários municipais de saúde, do Nordeste brasileiro, quanto aos desafios enfrentados na prática de gestão durante o ciclo 2017-2020 nos componentes Atenção Básica, Planejamento e Regionalização.

Metodologia
Estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário eletrônico, respondido por secretários municipais, no âmbito da Pesquisa Nacional dos Secretários Municipais de Saúde; estudo interinstitucional envolvendo pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, Universidades da Paraíba e do Espírito Santo e COSEMS. Os dados foram classificados e filtrados no Excel 2013, auxiliando a análise das informações encontradas. As respostas foram organizadas por respondentes, 963 no início do ciclo de gestão e 142 que permaneceram no cargo de secretário; seguindo a lógica por unidade federativa da região Nordeste, dentro dos eixos elencados.

Resultados
De maneira geral, os desafios destacados, referentes à Atenção Básica, são comuns no início e final da gestão. Os secretários elencaram, nos dois momentos, como principal desafio a ser superado: efetivação da contrapartida financeira do Estado. No início da gestão, a qualificação das equipes gestoras municipais aparece como problemática do Planejamento em Saúde; ganhando destaque no final do ciclo: maior participação do Ministério da Saúde no apoio à qualificação dessa temática. No eixo Regionalização, a necessidade de fortalecimento das CIR aparece com maior destaque no início do ciclo de gestão, enquanto a ampliação de recursos financeiros surge mais prevalente no término dos quatro anos.

Conclusões/Considerações
Os resultados da pesquisa identificaram desafios em eixos fundamentais para a efetivação do acesso universal e igualitário aos serviços, além de promover um olhar estratégico para as necessidades das políticas de saúde. Isso pode ser verificado na manutenção das agendas estratégicas ou em seu deslocamento entre as fases iniciais e finais do processo de gestão, denotando a necessidade de um aprofundamento maior para o novo ciclo iniciado em 2021.