Sessão Assíncrona


SA3.18 - DESAFIOS NO ENFRENTAMENTO DAS DESIGAULDADES E INTERSETORIALIDADE (TODOS OS DIAS)

43719 - PERCURSOS DO PROJETO
ADRIANO QUEIROZ DA SILVA - CEPEDOC - USP, ELISABETE AGRELA DE ANDRADE - CEPEDOC - USP, ELAINE DOS SANTOS SOUZA - CEPEDOC - USP, MARIA CRISTINA TROUSDELL FRANCESCHINI - CEPEDOC - USP, MARIA IZABEL SANCHES COSTA - INSTITUTO DE SAÚDE DA SECRETÁRIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO, MARCO AKERMAN - CEPEDOC - USP, GABRIELA SPANGHERO LOTTA - FGV-SP


Apresentação/Introdução
Na cidade de São Paulo, a epidemia de HIV atinge populações mais vulneráveis, como gays e outros homens que fazem sexo com homens, mulheres trans e travestis e profissionais do sexo. E há também segmentos populacionais prioritários, como jovens e a população negra. O projeto “Tá ligado?” se baseia na produção de conhecimento e intervenção participativa dessas duas últimas populações citadas.

Objetivos
Apresentar as estratégias de captação de dados de jovens de 13-24 anos de uma região periférica em São Paulo, em contexto de pandemia da covid-19, e mostrar os resultados da fase quantitativa no que se refere ao perfil e a percepção em relação ao HIV.

Metodologia
O território escolhido para implantação do projeto de pesquisa foi o Grajaú, que é o distrito com maior número de população residente da cidade e com índice de concentração de jovens entre 15 e 29 anos de idade. O desenho inicial sofreu adaptações devido à pandemia da covid-19 e, a partir disso, a captação de dados quantitativa se constrói exclusivamente por meio virtual, tanto na divulgação através de rede social e plataforma de mensagens instantâneas (Instagram e WhatsApp) quanto por formulário de preenchimento online (GoogleForms). O formulário continha questões comportamentais, sobre perfil sociodemográfico, conhecimento em relação à prevenção do HIV e a rede de saúde do Grajaú.

Resultados
Para a divulgação do projeto no território foi criado um perfil na rede social Instagram nomeado como “Tá ligado?”, que apesar de tido baixo engajamento, tinha em sua função principal facilitar a verificação da existência da pesquisa por jovem que recebessem o link do formulário online via WhatsApp. Do total dos 52 formulários válidos dentro dos critérios de inclusão, 60% foram preenchidos por pessoas do gênero feminino; 62% de pessoas negras; 71% ajuda financeiramente em casa; 87% tem como referência as UBS para testagem de HIV, mas apenas 35% realizou o teste pelo menos uma vez na vida e apresentam conhecimento baixo em relação a outras estratégias de prevenção para além dos preservativos.

Conclusões/Considerações
A pandemia de covid-19 trouxe desafios e redesenhou as estratégias de conexão com os jovens. Redes sociais e plataformas de mensagens instantâneas foram vitais para a coleta de dados. O contato com diferentes referências do território foi essencial para disseminação da pesquisa quantitativa. Os dados apontam que há baixo conhecimento sobre prevenção combinada ao HIV e que têm como fonte de informação sobre a temática, sobretudo, internet e escola.