SA3.17 - DESIGUALDADES EM SAÚDE E POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS (TODOS OS DIAS)
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42556 - RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA DA UNITINS ACERCA DA ATENÇÃO À SAÚDE NO SISTEMA PRISIONAL DAÍSE MOREIRA DOS REIS - UNITINS, DAVID WILLIAM LIMA MARQUES - UNITINS, GABRIEL ALVES GODINHO - UNITINS, GABRIELA MOREIRA DA SILVA - UNITINS, SAULO SACRAMENTO MEIRA - UNITINS
Período de Realização Foram realizadas 5 (cinco) visitas entre os meses de abril e maio de 2022.
Objeto da experiência Atenção à saúde da população privada de liberdade.
Objetivos Relatar a experiência de acadêmicos de medicina a partir do desenvolvimento de práticas de
atenção à saúde na ótica da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de
Liberdade (PNAISP) no Sistema Prisional.
Metodologia Estudo exploratório, de abordagem qualitativa, realizado em uma unidade prisional do
Tocantins, envolvendo quatro acadêmicos de medicina durante a preceptoria de saúde coletiva. O
plano de trabalho contemplou cinco encontros (visita observacional; acompanhamento de consultas;
oficina de educação em saúde e ação de imunização contra influenza). As informações foram
registradas e discutidas a partir de um diário de campo para o estabelecimento das questões
prioritárias advindas da experiência.
Resultados Verificou-se que há disparidades entre o atendimento oferecido à PPL e à população geral, e
que, em dados momentos, o acesso à saúde não se mostrou universal. Conflitos éticos relativos à
saúde da PPL tomaram forma e foram apontados em cada portfólio, como a priorização de usuários
não privados de liberdade e a não preservação do sigilo das informações do paciente. Por outro lado,
foi possível acompanhar o sucesso de ações como a de imunização contra o H1N1 e a busca ativa
para Tuberculose.
Análise Crítica A vivência tornou evidente a necessidade de debater a aplicação de políticas de saúde
específicas nos cursos de saúde, para se desenvolverem estudos acerca das ferramentas empregadas
na proteção da dignidade humana. Durante as visitas, a condição de subcidadania ficou explícita, com
a falta de instrumentos e de atenção adequada por parte da equipe prisional e de saúde no processo
de assistência. A infraestrutura precária do estabelecimento prisional ameaça a prestação dos cuidados
em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações As experiências foram importantes para visualizar a aplicabilidade da Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade, além das particularidades de produzir
saúde em infraestrutura precária e reclusa. Constatou-se ainda a relevância da estratégia de busca
ativa no controle epidemiológico em presídios.
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