Sessão Assíncrona


SA3.16 - DOENÇAS CRÔNICAS E A LINHA DE CUIDADO DO DIABETES MELLITUS (TODOS OS DIAS)

44452 - CARGA DA DOENÇA PARA COMORBIDADES RELACIONADAS AO DIABETES MELLITUS NA BAHIA EM 2018
RAFAEL LARANJEIRA CERQUEIRA - UFBA, ERIKA SANTOS DE ARAGÃO - UFBA, GUSTAVO NUNES DE OLIVEIRA COSTA - UNIFACS


Apresentação/Introdução
A relevância de se estudar a Carga da Diabetes Mellitus (DM) reside nos elevados custos aos pacientes, seus familiares e para o sistema de saúde, pois suas complicações crônicas microvasculares (neuropatia, insuficiência renal crônica, retinopatia e pé diabético) afetam negativamente a qualidade de vida, causam incapacidade e geram absenteísmo ao trabalho, além de causar mortes precoces.

Objetivos
Estimar a Carga da Doença para as Comorbidades relacionadas ao Diabetes Mellitus na Bahia em 2018.

Metodologia
É um estudo analítico e transversal, aplicado sobre uma população de adultos em idade ativa (>30 anos), de ambos os sexos, no ano-base de 2018, com diagnóstico de DM e internados na rede pública da Bahia. Para isso, foram calculados a Fração Atribuível Populacional (FAP) e o indicador Disability Adjusted Life Years (DALY), segundo a mais recente metodologia dos estudos de Carga Global da Doença. A perspectiva é do Sistema Único de Saúde. A carga das comorbidades foi obtida pelo produto entre a FAP e o DALY previamente calculados

Resultados
Para a doença renal crônica por DM, foi encontrada uma FAP de 0,3293; com relação a neuropatia diabética, o coeficiente entre a população de internados com diabetes em relação à população geral foi 75,7 vezes superior, passando de 0,0000508 para 0,003798; para retinopatia diabética, foi encontrada uma variação similar, expressando substancial aumento do risco de desenvolver complicações crônica tendo fator de exposição a DM. O YLL para os homens foi de 14,2 por mil habitantes; para as mulheres foi de 11,2 por mil habitantes; o YLD masculino foi de 12,3 e o feminino foi de 9,5 por mil habitantes. O DALY total foi de 23 por mil habitantes.

Conclusões/Considerações
Conforme analisado, ter de DM é um fator de risco elevado para desenvolver complicações crônicas microvasculares relacionadas. Entre a população de internados, foi notado um peso maior para morbimortalidade entre os homens quando comparados com as mulheres, indicando necessidade de planejar intervenções e politicas de prevenção voltadas a este segmento da população.