SA3.16 - DOENÇAS CRÔNICAS E A LINHA DE CUIDADO DO DIABETES MELLITUS (TODOS OS DIAS)
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43902 - O VIVER NA (DES)ASSISTÊNCIA ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS: ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES EM UNIDADES DE CUIDADO CONTINUADO INTEGRADO NO BRASIL MÔNICA TESTA MORANGUEIRA - UFRJ, PAULO EDUARDO XAVIER DE MENDONÇA - UFRJ
Apresentação/Introdução A magnitude das condições crônicas e os impactos na vida das pessoas são desafiadores. A ausência de estruturas adequadas para cuidados pós hospitalares ou agudizados que não podem ser atendidos pela APS acentuam a fragmentação da atenção, deixando milhares de pessoas desassistidas em suas necessidades. O Cuidado Continuado Integrado pode ser fundamental na resposta a esses problemas.
Objetivos Analisar a evolução de habilitação de unidades de Cuidado Continuado Integrado no Brasil desde a Política de regulamentação, a distribuição dessas unidades em território nacional e o perfil epidemiológico das internações nessas unidades.
Metodologia Estudo transversal em série temporal, descritivo e exploratório. Foram utilizados dados secundários do SIH-SUS, SCNES e IBGE para análise das internações por CCI no Brasil no período de 2012 a 2021, caracterização das unidades habilitadas como HCP e UCP e análises geográficas. As internações por CCI foram filtradas do banco de dados geral (AIH-RD) de acordo com os 8 procedimentos específicos para as unidades habilitadas como UCP e HCP, conforme disposto na Portaria nº2.809 de 7 de dezembro de 2012 do MS. Foram utilizadas a linguagem R na coleta, processamento e análise dos dados e o Software QGIS para distribuição das unidades em mapa territorial.
Resultados Foram habilitadas 48 unidades (3 HCP e 45 UCP), apenas 25 possuem registros de internações. 2018 e 2019 foram os anos com maior expansão de habilitações, 11 e 19. Na medida que foram habilitando unidades especializadas, as internações para os 8 procedimentos foram diminuindo nos hospitais gerais. Houve 27.934 internações para 21.040 pessoas no período. Os principais motivos foram por problemas neurológicos 30%, cardiovasculares 26%, pneumológicos 17% e demais. A permanência foi em sua maioria, 68%, até 30 dias, 18% 31 a 60 dias, 5% 60 a 90 dias e 8% ficaram acima de 90 dias, com destaque para 2 registros de 2.403 dias de internação por sequelas cerebrovasculares e atrofia muscular.
Conclusões/Considerações As unidades de CCI expandem e aumentam a capacidade de internação seguindo o perfil de morbidade hospitalar. Essas estruturas são promissoras pois o acúmulo epidemiológico tem como pano de fundo o viver de pessoas que não estão preparadas para enfrentarem sozinhas seus problemas na mesma medida que os sistemas de saúde não estão adequadamente organizados para atendê-los. Os resultados mostram que muitos desafios ainda precisam ser superados.
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