Sessão Assíncrona


SA3.16 - DOENÇAS CRÔNICAS E A LINHA DE CUIDADO DO DIABETES MELLITUS (TODOS OS DIAS)

42226 - AUTOCUIDADO EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS: CONHECIMENTOS SOBRE O USO DO ÁLCOOL
JÉSSICA FERNANDA MACEDO - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, AMÁBILE GIULIA FARAONI - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, JANAÍNA PEREIRA DA SILVA - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, THALITA DA SILVA RIBEIRO - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, PAOLA CRISTINA DE CASTRO - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SILVIA MATUMOTO - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, CINIRA MAGALI FORTUNA - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, TAUANI ZAMPIERI CARDOSO - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, ANGELINA LETTIERE VIANA - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


Apresentação/Introdução
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica e progressiva, que possui como característica a irregularidade na ação e/ou secreção de insulina e, dessa forma, ocasiona um distúrbio metabólico e a hiperglicemia. O abuso de álcool atrelado a esta doença se caracteriza como um comportamento de risco à saúde, que além de afetar o autocuidado, impacta no desempenho social da pessoa.

Objetivos
Compreender como os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) diagnosticados com Diabetes Mellitus compreendem a relação entre o uso do álcool e seu autocuidado com a diabetes.

Metodologia
Abordagem qualitativa que usou um instrumento baseado no Questionário Básico (Censo Experimental) de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) e entrevista semiestruturada com seis perguntas disparadoras. Os dados foram analisados por meio da interpretação dos sentidos. Participaram do estudo pessoas com Diabetes Mellitus, maiores de 18 anos e cadastradas nas Unidades Básicas de Saúde com equipes de Saúde da Família (eSF) e equipes de Atenção Básica (eAB) do Distrito Oeste de um município localizado no interior do estado de São Paulo.

Resultados
Foram entrevistadas 23 pessoas, sendo 60,9% do sexo feminino, 43,5% com DM tipo 2 e 47,8% que não sabiam especificar o tipo de DM. O tempo de convívio com a doença variou de menos de 1 ano a 30 anos. O padrão de consumo de álcool revelou que todos os participantes apresentavam um consumo de baixo risco ou eram abstêmios. Foram analisados dois núcleos de sentidos: os significados atribuídos à vivência da pessoa com DM, no qual foi dividido nos subnúcleos - diabetes como um “monstro silencioso” e o viver com a doença crônica: “é pro resto da sua vida”- e os significados do (não) uso do álcool para as pessoas com DM, pois pode prejudicar a saúde, o tratamento medicamentoso e os sintomas da DM.

Conclusões/Considerações
Este estudo possibilitou conhecer que a convivência com a DM é marcada pela presença do controle e do medo da morte e o desconhecimento dos possíveis efeitos do álcool concomitantemente a esta condição de saúde. Portanto, há a necessidade de intervenções com foco na educação para agregar maiores conhecimentos às pessoas com DM e consequentemente corroborar para uma compressão da DM e a influência do álcool sobre a mesma.