SA3.16 - DOENÇAS CRÔNICAS E A LINHA DE CUIDADO DO DIABETES MELLITUS (TODOS OS DIAS)
|
40315 - TAXA DE MORTALIDADE DO CONJUNTO DAS QUATRO PRINCIPAIS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM UMA MACRORREGIÃO DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE ECOLÓGICA DANIELY CASAGRANDE BORGES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), CAMILA GUARANHA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), TAMARA ZUBKO MARTINS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE (UFCSPA), INÊS SORIA ALVARO MARQUES - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL, LETÍCIA STANCZYK - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), FERNANDA DUARTE TOMAZI - GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO (GHC), FERNANDA TORRES DE CARVALHO - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
Apresentação/Introdução As condições crônicas de saúde se constituem como a maior causa de morbimortalidade no Brasil e no mundo (MALTA, 2019). Nos últimos anos, de acordo com dados do Sistema de Informação e Mortalidade (SIM), o Rio Grande do Sul apresentou a maior taxa de mortalidade pelos quatro agravos não transmissíveis da região Sul do país, configurando uma importante questão a ser trabalhada pela gestão de saúde.
Objetivos Analisar a taxa de mortalidade padronizada da Macrorregião de Saúde Sul do RS, contemplando o conjunto dos quatro agravos de condições crônicas não transmissíveis (diabetes, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas e câncer).
Metodologia Foi elaborada uma análise ecológica utilizando dados secundários provenientes do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Para a análise de mortalidade, os códigos da Classificação Internacional de Doenças-10 selecionados foram: I00-I99 (Doenças Cardiovasculares); C00-C97 (Neoplasias); E10 - E14 (Diabetes); J30- J98 (Exceto J36) (Doenças Respiratórias Crônicas). Os dados foram agregados por municípios e ano, e estratificados por faixa etária (mortalidade prematura (30 a 69 anos) e mortalidade acima de 70 anos). A taxa de mortalidade padronizada foi calculada considerando a razão entre os óbitos do local e a população residente no local, multiplicada por 100.000.
Resultados A Macrorregião de Saúde Sul é composta por duas Regiões de Saúde: Região 21, com sede em Pelotas e Região 22, com sede em Bagé, totalizando 28 municípios. Observa-se que as taxas de mortalidade pelos quatro conjuntos de agravos não transmissíveis nesta macrorregião são maiores que as encontradas no restante do estado. No ano de 2020, a taxa de mortalidade prematura foi 403 óbitos por 100 mil habitantes, enquanto no RS foi de 346,5 óbitos por 100 mil habitantes. Na população maior de 70 anos, a taxa de mortalidade foi de 3252,78 por 100 mil habitantes, enquanto no RS foi de 3087,85 por 100 mil habitantes.
Conclusões/Considerações A implementação de ações de enfrentamento às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) deve ser considerada pelos gestores municipais como atividade prioritária, uma vez que o território apresenta uma alta taxa de mortalidade em ambas as idades analisadas (30 a 69 anos e acima de 70 anos). Além disso, destaca-se a necessidade de se propor estudos voltados à relação dos determinantes sociais de saúde e a ocorrência de DCNT no território.
|