39790 - AMANDABA NA AMAZÔNIA: A PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS MARIA FERNANDA BRITO DE MATOS - UFPA, EMANUELA CHAVES DA SILVA - UFPA, ELLEN SABRINNA DOS REMÉDIOS PASSOS - UFPA, MARIA DO SOCORRO CASTELO BRANCO DE OLIVEIRA BASTOS - UFPA
Apresentação/Introdução Belém-PA é uma das capitais da região amazônica, apresenta aumento da prevalência de Diabetes mellitus(DM) nos últimos anos, Conforme Vigitel, entre 2007 e 2019 foi de 4,0%(BRASIL,2008) para 6,8%(BRASIL,2020). A cobertura da atenção primária de 27,3% é insuficiente para acesso aos portadores de DM, e para prevenção das complicações cardiovasculares(DCV) responsáveis por elevada morbimortalidade.
Objetivos Verificar a prevalência de doenças cardiovasculares em pacientes com Diabetes Mellitus acompanhados em unidades de atenção primária à saúde (APS)
Metodologia Estudo transversal de base comunitária, corresponde a linha de base do Projeto Amandaba(Círculo) na Amazônia, amostra sorteada, estratificada, por distrito e gênero, IC=95%-α=0,05-erro=0,07, em portadores de DM com 30 anos e mais, acompanhados em Estratégias de Saúde da Família de 2 distritos de Belém-PA. Realizou-se inquérito domiciliar com questionário padronizado sobre doenças autorreferidas e dados sociodemográficos. Foram consideradas DCV: hipertensão arterial(HAS); acidente vascular cerebral(AVC); insuficiência cardíaca(ICC), angina e tromboembolismo(TE). Para diferença entre grupos utilizou-se Mann-Whitney(variáveis contínuas-distribuição não paramétrica) e χ2 corrigido (categóricas).
Resultados Foram 230 participantes, 168(73%) referiram pelo menos uma DCV, 62(27%)negaram esse histórico. Dentre os que informaram DCV não houve diferença estatisticamente significante em comparação aos que negaram: classificação econômica B/C (35,7%vz50,8%) e D/E (64,3%vz49,2%)(p=0,056); renda per capita[400,0(P25=275,0; P75=618,9)vz366,0 (P25=275,0; P75=573,0);p=0,833]; homens 47,6%vz48,4% e mulheres 52,4%vz51,6%(p=1,0); autodefiniram cor preto/pardo 87,5%vz83,9%(p=0,619); tempo de estudo[7,0(P25=3,0; P75=10,5)vz5,0(P25=3,0; P75=12,0);p=0,982]; tempo de DM[9,0(P25=4,0; P75=15,0)vz6,5(P25=3,0; P75=10,5);p=0,106]. As DCV mais prevalentes foram: HAS(69,1%); AVC(9,6%); IAM(8,7%); angina(7,0%); TE (3,5%).
Conclusões/Considerações A maioria dos portadores de DM apresentou DCV, a mais prevalente HAS, como na revisão de Colosia et al.(2013), maior que 60%, seguida de AVC e IAM. Observou-se que a maioria dos portadores de DM apresentou no mínimo uma DCV, mas, não houve diferença em relação às variáveis sociodemográficas e ao tempo de DM com grupo que não referiu DCV. Baixa cobertura da APS sobrecarrega serviços e compromete o cuidado para HAS com consequente aumento das DCV.
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