SA3.15 - DESAFIOS NO CUIDADO À OBESIDADE (TODOS OS DIAS)
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44037 - DESIGUALDADES NO ACESSO À CIRURGIA BARIÁTRICA NO BRASIL. ANA CLÁUDIA MORITO NEVES - UFOP, ERIKA CARDOSO DOS REIS - UFOP, TATIANE PALMEIRA ELEUTÉRIO - UNIMONTES, ELMA LÚCIA DE FREITAS MONTEIRO - UFTM, PHILLIPE AUGUSTO FERREIRA RODRIGUES - UNIABEU, CAMILA CUNHA SANTOS - UFOP, JOANA FERREIRA DO AMARAL - UFOP
Apresentação/Introdução A obesidade é considerada um importante problema de saúde pública e conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, a integralidade do cuidado dos indivíduos requer a oferta de ações nos diferentes pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e inclui o atendimento ambulatorial na Atenção Primária à Saúde e Atenção Especializada Ambulatorial e Hospitalar, por meio da oferta de cirurgia bariátrica.
Objetivos Analisar as desigualdades no acesso à Cirurgia Bariátrica (CB) via Sistema Único de Saúde (SUS) e planos e seguros privados de assistência à saúde.
Metodologia Trata-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo, baseado em dados secundários disponíveis nos arquivos de domínio público presentes no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) e no Sistema de Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial (CIHA), do Ministério da Saúde (MS). Foram avaliados os microdados do período entre 2012 e 2021, a partir da seleção dos procedimentos autorizados pelo MS para a oferta de CB por Unidade da Federação e ano de internação. A tabulação e as análises dos dados foram realizadas pelo aplicativo Microsoft Excel 2016® e pelo TabWin versão 4.14.
Resultados Nos 10 anos analisados, o Brasil realizou 197.501 cirurgias bariátricas, 73.284 (37,11%) via SUS e 124.217 (62,89%) via operadoras de planos e seguros de saúde. A média anual de cirurgias foi 3,8 vezes maior na saúde suplementar (22.585) quando comparado a média anual da oferta no SUS (5.951). As unidades da federação que mais realizaram cirurgias no SUS foram o Paraná (52,75%) e Santa Catarina (19,17%) e nas operadoras de planos e seguros de saúde São Paulo (40,79%) e Paraná (11,01%).
Conclusões/Considerações Os dados mostram a desigualdade no acesso à CB quando comparado a oferta via SUS e via saúde suplementar, e entre as diferentes unidades da federação no Brasil. Ainda que a CB possa exigir um elevado investimento inicial, ela também pode predispor a uma redução de gastos públicos com o cuidado da obesidade, devendo ser encarada como parte do tratamento integral, não apenas como uma ação isolada.
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