SA3.15 - DESAFIOS NO CUIDADO À OBESIDADE (TODOS OS DIAS)
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40966 - AÇÕES DE CUIDADO DAS PESSOAS COM OBESIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ENTRE 2018 E 2021 TATIANE PALMEIRA ELEUTÉRIO - UNIMONTES, ERIKA CARDOSO DOS REIS - UFOP, PHILLIPE AUGUSTO FERREIRA RODRIGUES - UNIABEU, ELMA LÚCIA DE FREITAS MONTEIRO - UFTM, MARYAN DE GOUVEIA BONTEMPO - UFOP, JOANA FERREIRA DO AMARAL - UFOP, JÉSSICA VENÂNCIO PIO - UFOP, ANA CLÁUDIA MORITO NEVES - UFOP, PHILLIPE AUGUSTO FERREIRA RODRIGUES - UNIABEU, ANDRÉA MARIA ELEUTÉRIO DE BARROS LIMA MARTINS - UNIMONTES
Apresentação/Introdução A obesidade, doença de origem multifatorial e complexa, considerada um grande desafio para a saúde pública, é de difícil controle e reversão devido às suas proporções epidêmicas. Este é um cenário que demanda articulação entre o cuidado individual e políticas coletivas, como a Atenção Primária à Saúde (APS), responsável pela coordenação entre os pontos de atenção das Redes de Atenção à Saúde. O fluxo do cuidado da pessoa com obesidade pode ser fundamental no desfecho do seu tratamento.
Objetivos Identificar o fluxo do cuidado da pessoa com obesidade na atenção primária à saúde (APS), a partir de dados registrados no SISAB entre 2018 e 2021.
Metodologia Estudo longitudinal, observacional, descritivo com análise de dados secundários, de acesso público e irrestrito do portal e-Gestor/AB. Os dados foram extraídos dos relatórios públicos de saúde/produção do SISAB, selecionando a condição avaliada obesidade de pessoas maiores de 18 anos, entre 2018 e 2021. Para análise do fluxo do cuidado da pessoa com obesidade foram selecionadas seis condutas. Os dados foram tabulados em planilhas do Excel®, com posterior cálculo de frequência descritiva.
Resultados Os atendimentos de pessoas com a condição avaliada obesidade entre 2018 e 2021 foram 2,8; 2,4; 1,9 e 2,9%, respectivamente. Das condutas selecionadas, retorno para cuidado continuado demonstrou aumento entre 2018 e 2020(30-35%), seguido de queda em 2021(29%). Retorno para consulta agendada e alta do episódio mantiveram estabilidade entre 2018(29-26%) e 2020(23-23%); diferente de 2021, que houve queda do primeiro (22%) e aumento do segundo (31%). Agendamento para NASF e para grupos apresentaram estabilidade em 2018(4 e 2%) e 2019(4 e 2%), com queda em 2020(3 e 1%) e 2021(2 e 0,6%). Encaminhamento para serviço especializado manteve-se estável entre 2018 e 2020(7-7%) e aumentou em 2021(8%).
Conclusões/Considerações As ações de cuidado para as pessoas com obesidade refletem instabilidades, e podem interferir no tratamento. A redução progressiva dos encaminhamentos para NASF e para atendimento em grupo são preocupantes. A elevada proporção de alta do episódio pode indicar o não reconhecimento desta condição como uma doença e falta de responsabilização dos profissionais pelo cuidado desses indivíduos.
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