40774 - PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NO CUIDADO À PESSOA COM OBESIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL. ELMA LUCIA DE FREITAS MONTEIRO - UFTM, ERIKA CARDOSO DOS REIS - UFOP, DIANA MARTINS MARCOS - UFOP, ANELISE ANDRADE DE SOUZA - UFOP, TATIANE PALMEIRA ELEUTÉRIO - UNIMONTES, ANA CLÁUDIA MORITO NEVES - UFOP, PHILLIPE AUGUSTO FERREIRA RODRIGUES - UNIABEU, LUANA COUTINHO DIAS DE OLIVEIRA - UFOP, JOANA FERREIRA DO AMARAL - UFOP, JAIR SINDRA VIRTUOSO JÚNIOR - UFTM
Apresentação/Introdução A obesidade é uma condição de saúde crônica de natureza multifatorial considerada um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo (OMS; FAO, 2003; MOURA; RECINE, 2019). O cuidado às pessoas com obesidade ocorre, primordialmente, na Atenção Primária à Saúde (APS) pelo alto grau de contato que as equipes de saúde estabelecem com os usuários (BRASIL, 2013).
Objetivos Identificar os profissionais envolvidos no cuidado à pessoa com obesidade na APS no estado de Minas Gerais, Brasil.
Metodologia Estudo descritivo, transversal, que utilizou dados do Sistema de Informação para Atenção Básica (SISAB). Foram analisados os atendimentos realizados na APS aos indivíduos maiores de 18 anos com obesidade, de ambos os sexos, entre os anos de 2014 a 2020 do estado de Minas Gerais pelas categorias: assistente social, enfermeiro, fisioterapeuta, médico, nutricionista, profissional de educação física e psicólogo. As demais categorias analisadas foram agrupadas em “outros” por somarem atendimentos inferiores a 0,2%. Os dados utilizados são de livre acesso na página eletrônica da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, não sendo necessário submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados O número de atendimentos a pessoas com obesidade realizados na APS em Minas Gerais, variou de 34.773 a 354.773 no período entre 2014 a 2020. Na média entre os anos, a frequência de atendimentos à pessoa com obesidade pelas categorias profissionais foram: assistente social (0,2%), enfermeiro (10,5%), fisioterapeuta (1,0%), médico (57,8%), nutricionista (28,2%), profissional de educação física (1,2%), psicólogo (0,3%) e outros (0,1%). Em todos os anos avaliados, o maior percentual foi do profissional médico sendo os maiores valores identificados no ano de 2015 (59,9%), seguido de atendimentos realizados por nutricionistas, com maior percentual observado em 2014 (30,6%).
Conclusões/Considerações O modelo de cuidado das pessoas com obesidade ainda é centrado na lógica “médico e nutricionista centrada”, o que evidencia a falta de compreensão sobre a complexidade da obesidade e seu caráter multifatorial que implicam em cuidado multiprofissional.
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