Sessão Assíncrona


SA3.15 - DESAFIOS NO CUIDADO À OBESIDADE (TODOS OS DIAS)

39878 - PLANOS MUNICIPAIS DE ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE NO ESPÍRITO SANTO: DIFICULDADES EM SUA IMPLEMENTAÇÃO
CARLA MORONARI DE OLIVEIRA APRELINI - UFES, ELMA LÚCIA DE FREITAS MONTEIRO - UFTM, ERIKA CARDOSO DOS REIS - UFOP, CAROLINA PERIM DE FARIA - UFES, LETÍCIA BATISTA DE AZEVEDO - UFES, OSCAR GEOVANNY ENRIQUEZ MARTINEZ - UFES, MARIA DEL CARMEN BISI MOLINA - UFOP


Apresentação/Introdução
A obesidade é uma doença crônica não transmissível de caráter multifatorial considerada um problema de saúde pública. As estratégias de enfrentamento demandam organização das ações e serviços para garantir cuidado integral em todos os níveis de atenção à saúde do SUS. O curso “Enfrentamento da Obesidade na APS do ES” apoiou os municípios no desenvolvimento de planos de enfrentamento da doença.

Objetivos
Identificar as dificuldades encontradas por gestores municipais e profissionais da saúde da Atenção Primária à Saúde durante a implementação de planos municipais de enfrentamento da obesidade no Espírito Santo.

Metodologia
Estudo descritivo, transversal, quali-quantitativo realizado em 30 municípios do Espírito Santo (ES), Brasil. Dados obtidos por meio de questionário semiestruturado aplicado aos concluintes do curso “Enfrentamento da Obesidade na APS do ES” - gestores e profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde - entre junho e julho de 2021. Questionário elaborado a partir dos componentes e eixos prioritários do Caderno de Atenção Básica - Estratégias para Cuidado da Pessoa com Doença Crônica Obesidade do Ministério da Saúde. Foi realizada estatística descritiva para questões fechadas e análise temática do conteúdo para questões abertas.

Resultados
O plano municipal de Enfrentamento da Obesidade não foi implementado em 80% dos municípios participantes, sendo que a pandemia por COVID-19 foi o motivo mais citado (71%), seguido da alta rotatividade profissional (50%). Entre os que implementaram o plano, 50% relataram necessidade de alteração durante a execução. A coordenação do cuidado esteve centrada nos profissionais médico e nutricionista. A falta de profissionais e serviços essenciais para o cuidado das pessoas com obesidade foi relatado pelos profissionais como um limitador para a oferta do cuidado integral. E 50% dos municípios relataram não ter conhecimento sobre os cuidados ofertados aos usuários em outros pontos da rede.

Conclusões/Considerações
As dificuldades apresentadas para implementação dos planos de enfrentamento da obesidade são problemas transversais à implementação de ações no âmbito dos SUS, que demandam articulação e coordenação do cuidado, evidenciando ainda os impactos causados pela pandemia por COVID-19 nos serviços de saúde no Brasil.
A construção dos planos contribui para potencializar o cuidado da obesidade, porém há muitas barreiras para sua implementação.