Sessão Assíncrona


SA3.15 - DESAFIOS NO CUIDADO À OBESIDADE (TODOS OS DIAS)

39532 - PERFIL TÉCNICO DA GESTÃO EM SAÚDE NAS AÇÕES DE ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE NO ESTADO DE ALAGOAS
MARIA KÁTIA SILVA DE MÉLO - UFAL, THATIANA REGINA FÁVARO - UFAL, BEATRIZ ADRIELE ROCHA TEIXEIRA DE SOUZA - UFAL, ALAN VICTOR DA SILVEIRA GOUVEIA - UFAL, LEIKO ASAKURA - UFAL, CARINE CONCEIÇÃO SOUZA DOS SANTOS - UFAL, LÚCIA MARIA ACIOLI DE BRITO - SESAU- AL, JONAS AUGUSTO CARDOSO DA SILVEIRA - UFAL


Apresentação/Introdução
A obesidade vem assumindo números alarmantes em todo o mundo, atingindo diversas faixas etárias e todas as classes sociais. Em 2015, cerca de 107 milhões de crianças e mais de 603 milhões de adultos estavam com obesidade. No Brasil, de acordo com o IBGE, em 2020, a obesidade chegou a 25,9 % da população adulta, ou seja, quase 41,2 milhões de pessoas estavam com obesidade.

Objetivos
Caracterizar o perfil técnico-profissional dos gestores municipais responsáveis por implementar a Política Nacional de Alimentação e Nutrição em Alagoas, assim como o envolvimento destes nas ações de enfrentamento da obesidade.

Metodologia
Estudo transversal cuja coleta dos dados ocorreu entre dezembro de 2020 e setembro de 2021. Foram considerados elegíveis para a pesquisa todos os gestores municipais responsáveis pela administração dos recursos e/ou ações voltadas para a execução das ações de alimentação e nutrição e promoção da saúde na atenção primária presentes nos 102 municípios. Os gestores responderam a um formulário eletrônico semiestruturado e autoaplicável com questões sobre aspectos técnico-funcionais, como tempo de atuação na função, tipo de vínculo, tipo de atividades desenvolvidas, além de informações sobre perfil, como sexo, idade, formação.

Resultados
O perfil dos respondentes (n=59) foi, independente do porte populacional do município, de gestoras (91,4%), que se autodeclararam negras (65,5%) e com formação superior em Nutrição (84,5%). O vínculo de trabalho predominante foi do tipo temporário (60,3%) e cerca de 25% das gestoras afirmaram ter mais 5 anos na função. Quanto as equipes de saúde no município, menos de 50% apresentaram equipes multiprofissionais, onde o profissional mais frequente foram nutricionistas (32,4%). Além disso, foi observado que grande parte das metas relacionadas a alimentação e nutrição não estavam inseridas nos planejamentos da gestão e muitos gestores alegaram desconhecer esses instrumentos.

Conclusões/Considerações
A predominância de vínculos frágeis e pouco tempo à frente da função são fatores que podem comprometer a implementação e sustentabilidade de ações de prevenção à obesidade e do cuidado da pessoa com obesidade. Portanto, é importante a qualificação dos gestores como agente do campo político, a fim de promover as agendas de alimentação e nutrição e fortalecer o papel destas coordenações.