Sessão Assíncrona


SA3.14 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: SABERES E PRÁTICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)

43995 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E A MORBIDADE HOSPITALAR NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ-AL, 2015 A 2020.
JORDANE GOMES DOS SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, MARIA AMÁLIA DE ALENCAR LIMA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MACEIÓ, LAÍS DONATO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MACEIÓ, LEIKO ASAKURA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS


Apresentação/Introdução
Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são multifatoriais e de duração indefinida para se alcançar um desfecho. Podem apresentar agudizações causando incapacidades, elevando a carga de morbidade hospitalar. Conhecer o perfil das DCNT e as internações por elas motivadas é fundamental para subsidiar o planejamento e realização de ações estratégicas de enfrentamento, adequadas à realidade local.

Objetivos
Esse estudo tem o objetivo de analisar e conhecer o perfil epidemiológico de morbidade hospitalar por DCNT e internações por elas motivadas para subsidiar o planejamento e realização de ações estratégicas de enfrentamento adequadas à realidade local.

Metodologia
Consideraram-se, para as análises desse estudo descritivo, as informações obtidas do Sistema de Internações Hospitalares (SIH) referentes às internações de residentes de Maceió-AL por DCNT: doenças cerebrovasculares, neoplasias malignas, diabetes mellitus, doenças hipertensivas, pneumonia, e doenças isquêmicas do coração, no período de 2015 a 2020. Os dados foram tabulados pela ferramenta Excel® e foram analisadas variáveis sociodemográficas por sexo, idade e raça ou cor da pele.

Resultados
O total das internações foi de 41.978. Na análise segundo sexo, houve maior proporção de internação entre mulheres (52%). E segundo a idade, entre idosos ≥ 60 anos (n=17.851; 42,5%). Analisando a evolução da taxa de internação/10 mil habitantes, nota-se aumento das neoplasias malignas e diminuição da pneumonia. As neoplasias foram responsáveis pela maior proporção de internações entre homens (35,3%) e mulheres (44,3%), e em seguida, a pneumonia (homens: 34,4%; mulheres: 29,8%). A pneumonia (17,2%) foi a principal causa de internações e a maior responsável por internações de crianças < 5 anos (n=6.481; 93,8%). E segundo a raça ou cor da pele, 50,9% das pessoas internadas eram pardas.

Conclusões/Considerações
O envelhecimento populacional e a transição epidemiológica acarretam crescimento na demanda por serviços de saúde. Dessa forma, a rede de atenção às DCNT deve ser organizada para promover ações de prevenção dos principais fatores de risco, assim como a qualificação dos profissionais para diagnóstico e tratamento precoces, no intuito de reduzir a gravidade dos problemas e evitar internações, reduzindo também custos para o sistema de saúde.