Sessão Assíncrona


SA3.14 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: SABERES E PRÁTICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)

43628 - DESAFIOS PARA O CUIDADO ÀS PESSOAS COM OBESIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DO COVID-19
VIVIANE GOVEIA CHRISTINO - UERJ, LUÍSA COIMBRA DA SILVA - UERJ, GABRIELLE GOMES DOS REIS - ENSP/FIOCRUZ, THAYANE PAIVA DA SILVA - UERJ, JULIA DAMASCENO SILVA - UERJ, CRISTIANE MARQUES SEIXAS - UERJ, ANA LAURA BRANDÃO - ENSP/FIOCRUZ, JULIANA PEREIRA CASEMIRO - UERJ


Apresentação/Introdução
A pandemia de Covid-19 representou um momento crítico para a saúde (SILVA,2021) e o acompanhamento de doenças crônicas não transmissíveis enfrentou diminuição ou paralisação em virtude da sobrecarga dos serviços (MALTA,2021). A obesidade foi reconhecida como fator de risco para o desenvolvimento e agravamento da doença (NOGUEIRA,2020).


Objetivos
Descrever os desafios para o cuidado às pessoas com obesidade no contexto da Pandemia de Covid-19 na perspectiva dos profissionais da Atenção Primária à Saúde.


Metodologia
Foi realizada pesquisa com abordagem qualitativa, na qual ocorreu a realização de entrevista semi-estruturada destinada aos profissionais da equipe de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na zona norte do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada no período de março a abril de 2022, sendo entrevistados 09 Agentes Comunitário de Saúde (ACS) e 06 profissionais de nível superior (enfermeiros, médicos, dentista e psicólogo).

Resultados
Durante a pandemia, apesar dos desafios desencadeados pela suspensão de atividades na UBS para dedicação às questões relacionadas à Covid-19 (vacinação e testagem), a equipe elaborou uma lista de cadastrados com obesidade para monitoramento pelo telefone que contribuiu no cuidado desses usuários. Contudo, consultas e visitas domiciliares foram suspensas para este público. Identificou-se que no contexto pré-pandemia ações de diagnóstico e promoção da saúde voltadas às pessoas com obesidade eram escassas neste território, o que se agravou com as mudanças impostas pela pandemia. Outras preocupações relacionadas foram a perda de emprego e renda, ansiedade e aumento do sedentarismo.

Conclusões/Considerações
Tomar ciência da obesidade como fator de risco para a Covid-19 impactou pouco na priorização do cuidado diante da sobrecarga das equipes durante a pandemia. No entanto, cabe destaque para a realização de contato telefônico e a prioridade de vacina para esse público. A retomada de rotinas na UBS aponta desafios ao cuidado a pessoas com obesidade, num cenário alimentar e de vida mais complexo.