SA3.14 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: SABERES E PRÁTICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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41240 - ESTRUTURA DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE PARA A ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL EM MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA MIRELA CHRISTMANN - UFSC, DANIELA ALBA NICKEL - UFSC, CLAUDIA FLEMMING COLUSSI - UFSC
Apresentação/Introdução No Sistema Único da Saúde, a Atenção Básica é responsável por grande parte da atenção às pessoas com Hipertensão Arterial e para que essa oferta de cuidado tenha impacto no controle da doença e na prevenção das complicações, os serviços devem possuir infraestrutura e equipamentos adequados, recursos humanos capacitados e materiais e insumos suficientes.
Objetivos O estudo objetivou descrever a estrutura disponível à atenção às pessoas com Hipertensão Arterial nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de municípios do estado de Santa Catarina.
Metodologia Estudo descritivo de municípios com mais de 75% de equipes aderentes ao 3º Ciclo do PMAQ-AB, ocorrido em 2018. Foram analisados o percentual de UBS de equipes de Saúde da Família com disponibilidade das variáveis relacionadas com recursos materiais (esfigmomanômetro adulto em tamanho padrão, estetoscópio adulto, balanças antropométricas de 150 kg e fitas antropométricas), físicos (sala exclusiva para atividade coletiva e consultórios clínicos com computador conectado à internet) e de medicamentos (hidroclorotiazida, losartana, captopril, enalapril e atenolol). Os municípios foram estratificados por portes populacionais e as variáveis foram analisadas de maneira separada e agrupada.
Resultados Foram analisados 150 municípios catarinenses. Identificou-se que 99,3% dos municípios possuíam esfigmomanômetro e estetoscópios adultos em todas as suas UBS. Na maioria dos municípios, metade das UBS (40,6%) possuíam balança antropométrica e a maioria (84,6%) possuía fita antropométrica. Observou-se que apenas 17,3% dos municípios possuía sala exclusiva para atividade coletiva em todas a suas UBS. Além disso, apenas 38% dos municípios possuía todos os medicamentos em todas as suas UBS. Entre os portes populacionais, os municípios com até 20 mil habitantes apresentaram o maior percentual de UBS com todos os recursos materiais, físicos e medicamentos.
Conclusões/Considerações Conclui-se que o menor percentual é da disponibilidade de recursos físicos, especialmente sala exclusiva para atividade coletiva, seguida da disponibilidade de todos os medicamentos anti-hipertensivos, indicando que a Atenção Básica necessita de investimentos governamentais permanentes e progressivos, que correspondam às particularidades sociodemográficos de cada município.
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