Sessão Assíncrona


SA3.14 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: SABERES E PRÁTICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)

39958 - PERCEPÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE DE NÍVEL SUPERIOR COM RELAÇÃO AO CUIDADO DO SUJEITO COM SOBREPESO E OBESIDADE EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
GABRIELLE GOMES DOS REIS - ENSP/FIOCRUZ, ANA LAURA BRANDÃO - ENSP/FIOCRUZ, JULIANA PEREIRA CASEMIRO - UERJ, KARLA MENESES RODRIGUES PERES DA COSTA - ENSP/FIOCRUZ, LUISA COIMBRA DA SILVA - UERJ, JÚLIA DAMASCENO SILVA - UERJ


Apresentação/Introdução
A obesidade por ser reconhecida como uma doença complexa demanda a criação de novas estratégias, tanto em políticas públicas como na Rede de Atenção à Saúde, sendo a Atenção Primária em Saúde o lugar onde a linha de cuidado da obesidade é coordenada. Além do empenho do Ministério de Saúde, os profissionais da Unidades Básicas de Saúde realizam ações e enfrentam desafios na construção desse cuidado.

Objetivos
O objetivo da pesquisa foi analisar a percepção do profissional de saúde de nível superior com relação às ações desenvolvidas no cuidado ao sujeito com sobrepeso e obesidade em uma Unidade Básica do Rio de Janeiro.

Metodologia
Trata-se de um estudo realizado a partir de um método qualitativo, exploratório descritivo que utilizou a técnica de entrevista semiestruturada com profissionais de nível superior. As entrevistas foram realizadas em 2022 de forma virtual e presencial e a análise de dados foi realizada pelo “método de interpretação de sentidos” (MINAYO, 2004), e na construção de categorias de análise, baseada em expressões ou palavras significativas em função das quais o conteúdo de uma fala se organiza.

Resultados
Os resultados encontrados são coerentes com a realidade registrada na literatura sobre o cuidado ao usuário com sobrepeso e obesidade. A partir da análise das falas dos profissionais de saúde é possível ver estratégias de cuidado limitadas aos desafios encontrados por estes como alta demanda de serviço e sobrecarga na equipe; a rotatividade de profissionais; a falta de tempo e recursos para os atendimentos e atividades coletivas; a falta de infraestrutura; ausência de capacitação dos profissionais; vulnerabilidade social do território e a culpabilização e invisibilidade do indivíduo com obesidade.

Conclusões/Considerações
Sendo assim, é importante que haja investimento na equipe, preenchimento do quadro de profissionais, equipe de apoio com nutricionista, educador físico e psicólogo, que implementem ações voltadas para a promoção de saúde e alimentação saudável, como a capacitação dos demais profissionais e também mudanças estruturais na organização e condições de trabalho desses profissionais.