Sessão Assíncrona


SA3.14 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: SABERES E PRÁTICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)

39678 - INATIVIDADE FÍSICA E DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NAS MACRO REGIÕES BRASILEIRA, PNS 2019.
ANDRESSA SANTOS VIANA - UFBA, DANIELE SOUSA PORTELA - UFBA, RENATA DA SILVA GOMES - UFBA, VANESSA MORAES BEZERRA - UFBA


Apresentação/Introdução
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define inatividade física (IF) como a realização de práticas de atividade física inferior a 150 min semanais. A IF é fator de risco para inúmeras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s). Estas, por sua vez, se relacionam fortemente com o alto risco cardiovascular e de morbimortalidade. Entender como estas variáveis se associam se faz necessário.

Objetivos
Identificar as prevalências de IF e DCNT’s nas macrorregiões brasileiras; verificar a associação entre IF (variável explicativa) e DCNT’s (variável desfecho) em cada macrorregião do Brasil e os fatores associados.

Metodologia
Trata-se de um estudo transversal, realizado com dados da Pesquisa Nacional de saúde (PNS), em 2019. Foram classificados com inativos aqueles que dispendiam menos que 150 mim semanais de AF em todos os domínios (lazer, trabalho, deslocamento e doméstico). Para A DCNT foi considerado o diagnóstico autorreferido de ao menos uma doença crônica. Variáveis sociodemográficas, de estilo de vida e de saúde/doença foram usadas como fatores de ajuste. Empregou-se análise multivariada por regressão de Poisson adotando a modalidade Survey. O valor de p-valor ≤ 0,05 foi considerado como significativo.

Resultados
A prevalência de DCNT na população brasileira foi de 54,5% (53,86-55,21), a maior prevalência foi na região Sul (58,3%, IC 56,93–59,66) e a menor na região Norte (44,4%, IC 42,75-46,05). A prevalência da IF no Brasil foi de d(IC 35,7-37,08), sendo maior na região Norte (40,8%; IC 39,29-42,32) e menor na Sudeste (33,5%; IC: 32,22-34,79). Em análises ajustadas, a associação da IF com a presença de DCNT foi estatisticamente significante no Brasil (RP 1,03), na região centro-oeste (RP 1,07) e sudeste (RP 1,05).

Conclusões/Considerações
Observa-se uma manutenção do perfil de indivíduos inativos, se considerados os dados já existentes na literatura. Verifica-se ainda, uma maior prevalência das DCNT’s em indivíduos inativos. Nas análises ajustadas observaram-se associações entre IF e DCNT, com diferenças demarcadas entre as macrorregiões estudadas. Tais informações podem subsidiar o delineamento de ações que melhorem a saúde e qualidade de vida das pessoas e populações.