Sessão Assíncrona


SA3.13 - SAÚDE DA CRIANÇA (TODOS OS DIAS)

44303 - MORTALIDADE INFANTIL NA ÚLTIMA DÉCADA: ESTUDO BRASILEIRO DE BASE POPULACIONAL
ANA BEATRIZ HENRIQUE PARENTI - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP, LUANA VITÓRIA GAYGER GALVÃO - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP, ANA PAULA PINHO CARVALHEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP, RENATA LEITE ALVES DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP, CRISTINA MARIA GARCIA DE LIMA PARADA - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP


Apresentação/Introdução
Crianças classificadas como pretas, pardas e indígenas apresentam maiores taxas de mortalidade infantil, mesmo após ajustes de covariáveis, como situação socioeconômica e baixo peso ao nascer. Considerando que pretos e pardos têm piores condições socioeconômicas, é possível que a cor/raça e a taxa de mortalidade interajam com outros determinantes, expondo esse grupo a situações de vulnerabilidade

Objetivos
Descrever as características dos óbitos infantis no período de 2011 a 2020.

Metodologia
Trata-se de estudo descritivo e de base populacional. Foram utilizados dados secundários do Sistema de Informações de Mortalidade sobre o óbito infantil no Brasil dos anos 2011 e 2020. Foram utilizadas variáveis relativas a características sociodemográficas e causa do óbito infantil. Foram excluídos os óbitos para os quais não havia todos os dados de interesse e realizou-se análise descritiva. O banco de dados utilizado é de acesso público e, assim, não foi necessário encaminhamento para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados
Entre os anos de 2011 e 2020 foram notificados 368.815 óbitos infantis no Brasil, destes, foram analisados 196.744, por terem todos os dados de interesse. A maioria dos óbitos ocorreu entre crianças cujas mães tinha idade entre 20-34 anos (63,1%), com 8 anos ou mais de estudo (67,5%), de cor/raça pretas e pardas (52,3%), no período neonatal precoce (55,8%), do sexo masculino (55,5%), com peso inferior a 1000g ao nascimento (32,9%), da região sudeste (37,2%) e que nasceram de parto cesárea (50,1%). Entre as crianças pretas e pardas, maior proporção residia na região nordeste e nascimento de parto vaginal (40,8%) e (56,2%), respectivamente.

Conclusões/Considerações
Os resultados apresentados evidenciam a importância da atenção ao período neonatal precoce e às crianças com extremo baixo peso ao nascer.