SA3.13 - SAÚDE DA CRIANÇA (TODOS OS DIAS)
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41457 - DESAFIOS DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA - ESF FRENTE OS CASOS DE VIOLÊNCIA INFANTIL ROSALICE ARAÚJO DE SOUSA ALBUQUERQUE - UNINTA/UECE, JHONATA FURTADO LIMA - UNINTA, ILVANA LIMA VERDE GOMES - UECE, FRANCISCO MEYKEL AMANCIO GOMES - UNINTA/UECE, LARISSE ARAÚJO DE SOUSA - SMS/PMS, HERMÍNIA MARIA SOUSA DA PONTE - UNINTA, FRANCICA ALANNY ROCHA AGUIAR - UNINTA, ANTONIO RODRIGUES FERREIRA JÚNIOR - UECE, MARIA EUNICE NOGUEIRA GALENO RODRIGUES - UECE, ANGELISA ARAÚJO DE SOUSA - SMS/PMS
Apresentação/Introdução A violência infantil é um grande problema de saúde pública, tida como interferência dos direitos humanos no qual envolve inúmeras causas em todos âmbitos sociais caracterizando-se como um fenômeno endêmico e complexo, que na maioria das vezes afeta o núcleo familiar como um todo, considerando o contexto infantil sempre o mais afetado pois as crianças são as principais vítimas por sua fragilidade.
Objetivos O presente estudo tem como objetivo identificar os desafios, práticas e estratégias do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família - ESF frente aos casos de violência infantil.
Metodologia Trata-se de um estudo de campo, descritivo, exploratório e abordagem qualitativa realizado em maio de 2022 na cidade de Guaraciaba do Norte no interior do Ceará. Foram entrevistados dezessete enfermeiros que trabalham na ESF. Os resultados foram estruturados sob a proposta da análise de conteúdo de Bardin e discutidos com literatura atual. Emergiram os núcleos temáticos: Atendimento dos casos de violência infantil; Os desafios a serem superados na assistência a criança e Estratégias de cuidado a criança vítima de violência infantil. Em conformidade com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde a pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética sob o número de parecer 5.405.348.
Resultados No atendimento das crianças com algum tipo de violência os enfermeiros evidenciam marcas profundas em sua vida, pois essas crianças não respondem muito sobre o ocorrido, são mais de expressar sintomas, já que os maiores culpados nestes acontecimentos estão dentro dos próprios lares. Ao notarem esta realidade a ESF sofre junto à criança e o profissional tem o desafio de uma abordagem terapêutica visando todo o contexto que a vítima vivenciou, esse cuidado deve ser multidisciplinar, avaliando os riscos da criança, denúncia às autoridades judiciais, tratamento das lesões físicas, investigação de patologias associadas, encaminhamento ao psicólogo e acompanhamento e atendimento familiar.
Conclusões/Considerações Ampliar o olhar e refletir sobre a abordagem a criança vítima de violência vai muito além da execução de uma técnica ou cuidado com as alterações físicas, pois o profissional precisa se sentir seguro na atuação dentro da ESF, tornando-se perceptível os desafios enfrentados envolvendo a falta de habilidade para identificação dos casos, bloqueio da família nas situações de violência e recursos terapêuticos insuficientes para assistência adequada.
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