Sessão Assíncrona


SA3.13 - SAÚDE DA CRIANÇA (TODOS OS DIAS)

40347 - PERFIL E EVITABILIDADE DOS ÓBITOS INFANTIS EM APARECIDA DE GOIÂNIA/GO
DAYANNE PRISCYLLA PIRES DE DEUS CAPARROZ - SMS APARECIDA DE GOIÂNIA/GO, AMANDA CAROLINE DA SILVA FARIA - SMS APARECIDA DE GOIÂNIA/GO


Apresentação/Introdução
Óbito infantil é definido como ocorrido em nascido vivo de até um ano de idade incompleto. Para vigilância do óbito: neonatal (0-27 dias), pós-neonatal (28 dias-1 ano). A discussão sobre óbitos evitáveis (se garantido em tempo oportuno o acesso à assistência qualificada não ocorreriam) têm despertado atenção pela associação com a qualidade dos serviços de saúde e determinantes sociais.

Objetivos
Analisar o perfil epidemiológico e evitabilidade dos óbitos infantis em Aparecida de Goiânia, Goiás.

Metodologia
Estudo ecológico, descritivo com banco de dados ainda preliminares provenientes do Sistema de Informação de Mortalidade módulo federal, período de 2021. As variáveis foram: sexo, grupo etário, local de ocorrência do óbito, raça/cor, faixa etária e escolaridade da mãe, duração de gestação, tipo de gravidez, tipo de parto, peso ao nascer, causas básicas de óbito conforme CID-10. Para análise de dados, foi calculada a taxa de mortalidade infantil, neonatal precoce e neonatal tardia, frequência absoluta, relativa e proporção de investigação de óbitos. Trata-se de dados secundários, dispensando submissão ao comitê de ética.

Resultados
Foram registrados 97 óbitos infantis, taxa de mortalidade infantil foi de 13,5 óbitos/100 mil nascidos vivos. A mais elevada foi no período pós-neonatal tardio. Destes, 61% eram meninos, 43% da raça/cor parda, seguidos da branca com 30% e 88% foram morreram em hospitais. Quanto à faixa etária da mãe 45% de 20 a 30 anos e 29% tiveram de 8 a 11 anos de estudos. Sobre a duração de gestação, 58% eram prematuros e 22% a termo, com 81% de feto único e 60% eram de baixo peso. As principais causas foram septicemia e recém-nascido afetado por complicações maternas. Foram investigados 94% dos óbitos, destes 65% eram evitáveis, majoritariamente por melhoria de atenção ao parto.

Conclusões/Considerações
Os óbitos infantis evitáveis ainda constituem um importante desafio para os serviços de saúde, sendo necessário um esforço coletivo para o fortalecimento da assistência materno-infantil, atenção primária, educação permanente dos profissionais de saúde, além do foco prioritário para o avanço de políticas públicas direcionadas à redução da mortalidade infantil.