Sessão Assíncrona


SA3.12 - ATENÇÃO AO CANCER: ANALISES DE DESIGUALDADES E PRATICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)

42406 - FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E CLÍNICOS ASSOCIADOS A NÃO REALIZAÇÃO DE CIRURGIA NO TRATAMENTO DE CÂNCER DE OVÁRIO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RODRIGO FURTADO SILVA - ENSP-FIOCRUZ, JONAS EDUARDO MONTEIRO DOS SANTOS - ENSP-FIOCRUZ, MARIANNA DE CAMARGO CANCELA - INCA, CLEBER NASCIMENTO DO CARMO - ENSP-FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
Base terapêutica do câncer de ovário consiste na cirurgia. Especialização em centros especializados aumentam sucesso da citorredução e reduz risco de óbito. Fatores sociodemográficos, características de acesso e volume de casos hospitalares determinam qualidade da cirurgia. Explorar associações com não realização de cirurgia pode aprimorar cuidado de pacientes com câncer de ovário no RJ

Objetivos
Analisar os fatores sociodemográficos e clínicos associados a não realização de cirurgia de câncer de ovário na atenção terciária em saúde no Estado do Rio de Janeiro

Metodologia
Utilizou-se a base de dados do integrador do Registro Hospitalar de Câncer (IRHC) com extração de informações sociodemográficas e clínicas (histologia, estadiamento e tipo de tratamento) em mulheres com câncer de ovário (C56), entre os anos de 2005 e 2015. Modelo de regressão de Poisson simples e múltipla, com variância robusta, foram empregados com intervalo de confiança de 95%

Resultados
1191 pacientes foram incluídas e dentre estas, 406 mulheres (34%) não receberam cirurgia. Na regressão multivariada, as maiores proporções de mulheres que não receberam cirurgia foram as de subtipo histológico “outros/SOE” (RP=1,96; IC95% 1,41-2,73), estádios II a IV (RP de 1,93, 1,83 e 2,22, respectivamente), encaminhadas pela rede “SUS” (RP=1,24; IC95% 1,02-1,51) e com tratamento na rede do interior (RP=1,86; IC95%1,52-2,28).

Conclusões/Considerações
Maior prevalência para não realizar cirurgia pela rede hospitalar do interior pode ser consequência de menor volume de casos e/ou menor disponibilidade de especialistas em gineco-oncologia. A frequência também foi maior em mulheres oriundas do SUS e com estádio II. Reforço no treinamento adequado de equipes é alternativa mitigadora