SA3.12 - ATENÇÃO AO CANCER: ANALISES DE DESIGUALDADES E PRATICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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41654 - A RADIOTERAPIA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: ANÁLISE DA REDE DE ATENÇÃO ONCOLÓGICA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE PRISCILA POIARES DE MENDONÇA - SES-RJ, SERGIO RICARDO OLIVEIRA - EPSJV/FIOCRUZ, ANA CRISTINA REIS - EPSJV/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução Os relatórios de estimativa de incidência de câncer no país têm direcionado para o aumento no número de casos ao longo dos anos. Segundo o Ministério da Saúde o número de aparelhos de radioterapia é calculado para cada 1.000 novos casos por ano. No estado do Rio de Janeiro estima-se 46 mil novos casos, o que direciona para o estado a necessidade de 46 equipamentos para tratamentos de pacientes.
Objetivos Analisar a oferta de tratamento radioterápico na rede de alta complexidade do SUS no estado do Rio de Janeiro frente à demanda populacional, identificando as exigências normativas, a natureza jurídica das unidades e analisando as demandas no serviço.
Metodologia Pesquisa de natureza quali-quantitativa, exploratória, que analisa condições de funcionamento da Rede de Atenção Oncológica no estado frente às demandas da população através do estudo e análise de documentos e dados oficiais de registro e informação em saúde registrados na base do DATASUS, CNES, além de documentos que normatizam as ações oncológicas na radioterapia. Complementamos com os relatórios oficiais do TCU e da CGU. Buscou-se textos atualizados às condições político-sócio-econômica do estado. O método de produção do material é o estudo descritivo, que aponta dificuldades e a importância da radioterapia aos pacientes com câncer atendidos no SUS.
Resultados Das 9 regiões de saúde apenas 7 têm alguma unidade para atender as demandas do SUS. A região Metropolitana é a que possui maior rede de atendimento especializado. Além disso, o estado conta com uma rede de atenção oncológica com 27 unidades. A maioria são públicas (16) e as demais são filantrópicas ou privadas. Mas para atendimento radioterápico apenas 13 instituições têm condições, sendo 3 em unidades públicas. Mesmo assim, ao olharmos para os atendimentos, entre os anos de 2015 a 2019, o que se observa é que a rede pública absorve 48% da demanda do SUS. A defasagem se resolveria com o plano de expansão da radioterapia, porém até 2020 nenhuma máquina ainda havia sido instalada no estado.
Conclusões/Considerações Se observa que há uma grande quantidade de unidades de saúde voltadas para atendimentos oncológicos, porém a maioria não é unidade de alta complexidade, com ambiente hospitalar, como é definido pelo Ministério da Saúde. Outro detalhe importante é que a maioria das unidades são privadas ou filantrópicas, o que direciona para mostrar a fragilidade existente no SUS. Outro fator é a falta de vontade política para espraiar a atenção em todo o estado.
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