SA3.12 - ATENÇÃO AO CANCER: ANALISES DE DESIGUALDADES E PRATICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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41642 - TRAJETÓRIA DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: DA QUEIXA AO TRATAMENTO EM UNIDADE ESPECIALIZADA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO VÂNIA BRAZ DOS SANTOS - INCA, SERGIO RICARDO DE OLIVEIRA - EPSJV/FIOCRUZ, XXXX - XXXX
Apresentação/Introdução O câncer de mama é considerado um problema de saúde pública e é o mais incidente entre as mulheres. No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama em mulheres, para o triênio 2020-2022 são de 66.280 mil novos casos. Este tipo de câncer é a primeira causa de morte em mulheres, mas tem relativamente um bom prognóstico, se diagnosticado e tratado oportunamente.
Objetivos O objetivo é analisar a trajetória das mulheres com câncer de mama, da queixa ao tratamento em unidade especializada no SUS, no Rio de Janeiro, assim analisamos a percepção das usuárias que buscam o acesso, para realizar o diagnóstico e tratamento.
Metodologia Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, abordando métodos de coleta de informações tanto bibliográficos quanto processo de campo, que contou com a participação do público diretamente afetado pelos processos aqui apresentados. O local escolhido para a realização do estudo de campo foi a unidade de saúde oncológica HCIII do INCA, que atende efetivamente pacientes do sexo feminino com diagnóstico fechado de câncer de mama ou com forte suspeita para a doença. A pesquisa foi devidamente encaminhada e aprovada pelo CEP institucional. Para a coleta das informações realizamos 10 entrevistas semiestruturadas, de forma presencial, no período de setembro a outubro de 2021.
Resultados Muitas foram as barreiras identificadas na trajetória dessas mulheres, que demonstram que o desenho proposto na linha de cuidado no câncer de mama, não tem se materializado na prática, uma vez que foram apontadas dificuldades para agendamentos de exames e demora na realização dos procedimentos diagnósticos. Por fim, esse estudo, traz reflexões que reforça a necessidade de ampliar o acesso e reordenar os fluxos assistenciais no que se refere à realização de exames diagnósticos e a necessidade de uma maior articulação entre a Atenção básica e a atenção secundária, para que a mulher percorra um fluxo ágil em tempo oportuno e sem obstáculos.
Conclusões/Considerações Foi observado, que muito dos acessos foram conseguidos pela própria mulher, ao peregrinar pelos serviços de saúde, caracterizando que há uma significativa barreira no acesso ao diagnóstico, com baixa resolutividade nas ações desenvolvidas quer seja, por falta de médicos, redução da equipe, rotatividade dos profissionais e/ou uma baixa qualificação para a identificação dos sinais e sintomas, dificultando o acesso ao tratamento de forma oportuna.
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