SA3.12 - ATENÇÃO AO CANCER: ANALISES DE DESIGUALDADES E PRATICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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40753 - CRENÇAS EM SAÚDE E MEDIDAS PREVENTIVAS PARA CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NA PERSPECTIVA DE MULHERES EM RECLUSÃO JORGE LUÍS TAVARES DE OLIVEIRA - FIOCRUZ/RJ, ZULEYCE MARIA LESSA PACHECO - UFJF, CRISTINA ARREGUY SENNA - UFJF
Apresentação/Introdução As reclusas possuem hábitos e comportamentos singulares, com demandas de saúde específicas, tornando-as mais susceptíveis ao adoecimento do que mulheres em liberdade. O Modelo de Crenças em Saúde (MCS) baseia-se em crenças e percepções das pessoas perante os riscos à saúde na adoção ou não de comportamentos preventivos. Nesse estudo apontará as percepções sobre a susceptibilidade e severidade.
Objetivos Compreender a percepção das mulheres em reclusão a partir do seu comportamento e suas crenças individuais para adoção ou não de medidas preventivas para o CCU baseado no MCS.
Metodologia Estudo descritivo, exploratório, qualitativo realizado em penitenciária do sistema prisional de em Juiz de Fora/MG com 14 mulheres em regime fechado de reclusão. Aprovado pelo Comitê Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (parecer 701.600 de 26/07/14). A coleta de dados ocorreu por entrevistas entre 30/07/15 a 27/08/2015 através de questionário semiestruturado com base no MCS. A análise dos dados deu-se pela análise de conteúdo temática proposto por Bardin, atendendo as etapas: pré-análise, exploração do material ou codificação e tratamento dos resultados, inferências e interpretação dos dados. O fechamento amostral foi alcançado por saturação teórica.
Resultados Caracterização sociodemográfica: faixa etária entre 20 a 50 anos, solteiras, heterossexuais, negras/pardas (71,42%), com renda familiar entre um a dois salários mínimos (78,57%). Estavam presas por tráfico de drogas (78,57%) e já julgadas (71,42%).
Percepções e crenças no risco de adoecimento para IST e Câncer de Colo de Útero: À percepção de susceptibilidade foi relatado por 11 reclusas (78,5%). A não realização de exame citopatológico, exames laboratoriais, medidas preventivas e assistência médica foram os motivos para à percepção sobre o adoecimento mais fácil durante o encarceramento. A reclusão foi considerada fator no desenvolvimento de doenças ligadas à saúde sexual e reprodutiva.
Conclusões/Considerações Conclui-se que na perspectiva das mulheres em reclusão o encarceramento é um fator relevante para o processo de adoecimento e possível agravamento em relação a sua saúde sexual e reprodutiva.
As percepções e crenças apontadas pelas mulheres em reclusão é que estando presas adoecerão mais facilmente, como as neoplasias de colo de útero, de mama e aquisição de IST, devido a não assistência à saúde adequada e periódica naquela unidade prisional.
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