SA3.12 - ATENÇÃO AO CANCER: ANALISES DE DESIGUALDADES E PRATICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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40260 - ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DOS SINTOMAS SUSPEITOS DE CÂNCER DE MAMA EM MULHERES SUBMETIDAS À MAMOGRAFIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
MARIA BEATRIZ KNEIPP DIAS - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA), JEANE TOMAZELLI - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA), MÔNICA DE ASSIS - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA), RENATA OLIVEIRA MACIEL DOS SANTOS - INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA)
Apresentação/Introdução
O câncer de mama é o tipo de neoplasia feminina mais frequente em mulheres, excluído o câncer de pele não melanoma. Para 2022 são estimados 66.280 casos novos. Alguns desses casos ocorrerão em mulheres sem sintomas, identificadas no rastreamento enquanto outros serão de mulheres sintomáticas.
Objetivos
Descrever a ocorrência dos sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama em mulheres submetidas à mamografia no Sistema Único de Saúde.
Metodologia
Estudo descritivo utilizando dados do Sistema de Informação do Câncer (Siscan), que possibilita a identificação de mulheres. Foram selecionadas mamografias diagnósticas e de rastreamento com resultado de nódulo superior a 2 cm (possivelmente sintomática), A partir das mamografias realizadas entre 2018 e 2019 foram identificadas as mulheres cujo processo de investigação iniciou-se a partir de um sintoma suspeito de câncer de mama. Os sintomas foram classificados em nódulo, linfonodo, espessamento, descarga papilar, lesão papilar e pele alterada. Foram analisadas as seguintes variáveis: faixa etária, tipo de mama, risco elevado para câncer de mama e resultado da mamografia.
Resultados
Foram identificadas 51.653 mulheres sintomáticas que realizaram mamografia. A maioria dos sintomas foi nódulo na mama (88,5%), seguido de espessamento (7%) e descarga papilar (2,5%). Em 9,5% houve o registro de mais de um sintoma. Os tipos de mama mais frequentes foram predominantemente densa (41,2%) e adiposa (26,5%); 23,8% tinham informação de risco elevado para câncer de mama e 41,7% das mulheres tinham entre 40 e 49 anos. As categorias BI-RADS® das mamografias que indicam suspeição de malignidade (4 e 5) representaram 8% do total e 44,0% apresentaram BI-RADS® 0.
Conclusões/Considerações
O nódulo mamário confirmou-se como o principal sintoma e a proporção de suspeição de malignidade foi superior a observada em mulheres assintomáticas(rastreadas), o que é coerente com a literatura. A maior proporção de BI-RADS 0 e de mulheres na faixa etária de 40-49 pode estar relacionada à inclusão de mamografias de rastreamento com nódulo superior a 2 cm no resultado, sinalizando equívocos no registro da indicação clínica do exame de rastreamento.
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