SA3.12 - ATENÇÃO AO CANCER: ANALISES DE DESIGUALDADES E PRATICAS DE CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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40258 - INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LESÕES SUSPEITAS DE CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO DO PERFIL DE MULHERES COM E SEM SEGUIMENTO INFORMADO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE RENATA OLIVEIRA MACIEL DOS SANTOS - INCA, MÔNICA DE ASSIS - INCA, JEANE TOMAZELLI - INCA, MARIA BEATRIZ KNEIPP - INCA
Apresentação/Introdução O rastreamento mamográfico é uma das principais estratégias para a detecção precoce do câncer de mama e as mulheres com resultados alterados devem prosseguir com a investigação diagnóstica com novos exames de imagem e análise histopatológica. No entanto, o acesso a esses exames e o registro dessas informações tem sido apontado com uma das principais dificuldades nos estudos de rastreamento.
Objetivos Comparar o perfil das mulheres com mamografias de rastreamento com resultado alterado realizados no SUS e que possuem informação histopatológica com aquelas sem informação histopatológica.
Metodologia Estudo transversal, descritivo, a partir dos dados de mamografia de rastreamento e exame histopatológico realizados no SUS, em mulheres de 40 a 69 anos, com registro no Sistema de Informação do Câncer (Siscan) nos anos de 2017 a 2019.
A comparação das mulheres com e sem informação histopatológica foi realizada para os grupos etários de 40 a 49 e 50 a 69 anos e para cada resultado anormal (BI-RADS® 0,3,4 e 5). Foram avaliadas as variáveis região de residência, alto risco de câncer (informação referida na anamnese da mamografia) e idade média. Foi utilizado o teste qui-quadrado de independência para avaliar a existência de diferenças entre os grupos com e sem resultado histopatológico.
Resultados No período, 727.265 mulheres entre 40 e 69 anos tiveram um resultado anormal na mamografia de rastreamento e 10.671 possuíam informação histopatológica.
Não houve diferenças significativas no grupo de mulheres de 40 a 49 anos, para as variáveis alto risco, média de idade e para as Categorias BI-RADS® 3, 4 e 5 (p>0,05). Em mulheres de 50 a 69 anos, apenas a média de idade para a categoria BI-RADS® 3 foi diferente entre os grupos com e sem resultado histopatológico.
Na região de residência, independente da categoria BI-RADS® e faixa etária, os grupos diferiram significativamente e a região Sul apresentou maior proporção de mulheres com confirmação diagnóstica em todas as categorias e grupos etários.
Conclusões/Considerações O estudo encontrou diferenças significativas na média de idade e informação de alto risco para mulheres mais jovens com e sem informação histopatológica.
Esses resultados indicam diferenças no acesso aos exames de confirmação diagnóstica, na conduta dos profissionais e qualidade do registro no sistema entre as regiões do país. Espera-se que essas informações auxiliem aos gestores na avaliação do programa de rastreamento do câncer de mama no país.
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