SA3.11 - RASTREAMENTO E MONITORAMENTO DA ATENÇÃO AO CANCER (TODOS OS DIAS)
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43604 - SOBREVIDA EM PACIENTES COM CÂNCER DE ESTÔMAGO EM MATO GROSSO PATRICK FRANCISCO DE OLIVEIRA SILVA - ISC-UFMT, AMANDA CRISTINA DE SOUZA ANDRADE - ISC -UFMT, BÁRBARA DA SILVA NALIN DE SOUZA - ISC-UFMT
Apresentação/Introdução O câncer de estômago vem sendo, nos últimos anos, mais freqüente na vida dos brasileiros, tornando necessário analisar a sobrevida da população que está sendo acometida, uma vez que esta doença pode levar ao óbito.
Objetivos Analisar a sobrevida específica de 5 anos de pacientes com câncer de estômago do Estado de Mato Grosso.
Metodologia Para a análise de sobrevida específica em 5 anos foram considerados os casos novos de câncer de estômago ocorridos de 2008 a 2012 e óbitos pela doença de 2008 a 2017. Casos novos foram obtidos dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) - Cuiabá e óbitos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Os dados populacionais foram obtidos no DATASUS. A probabilidade de sobrevida foi estimada segundo sexo, faixa etária, cor da pele, estado civil e morfologia. Foi utilizado o método de Kaplan-Meier, por meio do software STATA versão 16.0 e adotou-se nível de significância de 5%.
Resultados Entre 2008 a 2012, foram diagnosticados 300 casos novos de câncer de estomago e após cinco anos de acompanhamento 178 foram a óbito pela doença. A sobrevida específica de cinco anos foi de 36,7% (IC95%: 30,9; 42,4). Não foi verificada diferença estaticamente significante entre os sexos (39,0% feminino vs. 35,1% masculino), faixa etária (33,9% em menores de 50 anos; 44,2% de 50 a 59 anos; 35,7% de 60 a 69 anos; 29,9% em 70 anos ou mais), raça/cor (29,5% branca vs. 28,7% não branca) e escolaridade (19,6% com companheiro vs. 27,9% sem companheiro. A sobrevida para adenocarcinoma foi maior (45,8%) quando comparada a carcinoma (29,5%) e morfologia não especificada (3,8%) (p<0,001).
Conclusões/Considerações Em Mato Grosso, entre os pacientes diagnosticados com câncer de estômago, cujas informações estão presentes no RCBP e no SIM, a sobrevida específica de 5 anos verificada na população foi baixa, tendo melhor resultado entre aqueles com adenocarcinoma. Tais achados podem servir de base para intervenções voltadas para rastreamento e prevenção.
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