SA3.11 - RASTREAMENTO E MONITORAMENTO DA ATENÇÃO AO CANCER (TODOS OS DIAS)
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43215 - CARACTERÍSTICAS DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA EM ESTÁDIO AVANÇADO RECEBENDO TRATAMENTO NO SUS CAROLINA ZAMPIROLLI DIAS - UFMG, PRISCILLA DE NATALE - UFMG, GIOVANA PAULA REZENDE SIMINO - UFMG, MARIANGELA LEAL CHERCHIGLIA - UFMG
Apresentação/Introdução No Brasil, a neoplasia de mama é a mais incidente, sendo responsável pela maior causa de morte por câncer em mulheres. Quando em estádio avançado, está associado à elevada morbidade, menor sobrevida, além de maiores gastos com o tratamento. Apesar de políticas públicas voltadas à detecção precoce, estudos demonstram que uma importante proporção da população têm o diagnóstico tardio.
Objetivos Caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico de mulheres com câncer de mama avançado recebendo o tratamento no SUS.
Metodologia Estudo transversal, descritivo, realizado em âmbito nacional utilizando a Base ONCO - subconjunto da Base Nacional de Saúde centrada no indivíduo construída através da integração de registros dos principais Sistemas de Informação do SUS: Ambulatoriais, Hospitalares e sobre Mortalidade, de 2000 a 2015. Foram incluídas mulheres, com 18 anos ou mais, diagnosticadas com câncer de mama (CID-10 C50*, D05, D059, D486) em estádio avançado (III ou IV) e que realizaram o primeiro tratamento para o câncer de mama no SUS entre 2008 e 2015.
Resultados Foram identificadas 477.388 mulheres iniciando o tratamento para o câncer de mama no SUS. Delas, 33% tinham câncer de mama em estádio avançado (78,1% estádio III e 21,8% estádio IV). A idade média era de 55 (DP 13,8) anos, 50,7% foram identificadas como da cor branca e 48% residiam na região Sudeste - a maioria (85,5%) em municípios de tipologia urbana - e quase metade (47,6%) realizou o tratamento em um município diferente de residência. Quanto ao primeiro procedimento realizado, a maior parte realizou quimioterapia (69,1%) e 13,6% cirurgia. O escore de elixhauser no ano que antecedeu o primeiro tratamento foi zero para 96,1% das mulheres e, durante o período do estudo, 36,9% foram a óbito.
Conclusões/Considerações Grande parte das mulheres com câncer de mama avançado realizou quimioterapia e precisou se deslocar de seu local de residência para tal. Conhecer o perfil das mulheres que receberam o primeiro tratamento no SUS pode auxiliar a entender possíveis barreiras e limitações enfrentadas, auxiliando no desenvolvimento de políticas públicas para melhorias no acesso em tempo oportuno e com eficiência a essa população.
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