SA3.11 - RASTREAMENTO E MONITORAMENTO DA ATENÇÃO AO CANCER (TODOS OS DIAS)
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42939 - ADEQUAÇÃO DO RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA PAULISTA CAROLINE ELIANE COUTO - FMB/UNESP, ELEN ROSE LODEIRO CASTANHEIRA - FMB/UNESP, CAROLINA SIQUEIRA MENDONÇA - FMB/UNESP, LUCEIME OLÍVIA NUNES - FMUSP, THAIS FERNANDA TORTORELLI ZARILI - UNIOESTE
Apresentação/Introdução No Brasil, o câncer de mama e de colo do útero são dois dos cânceres mais comum entre as mulheres, com grande potencial de prevenção se diagnosticados precocemente. A alta cobertura no rastreamento da população-alvo é o componente principal da redução da incidência e da mortalidade, sendo a mamografia preconizada no rastreamento do câncer de mama e citologia oncótica para o câncer de colo de útero
Objetivos Avaliar a adequação da rotina de rastreamento do câncer de colo de útero e mama em serviços de atenção primária do estado de São Paulo.
Metodologia Estudo avaliativo, descritivo e transversal, que utilizou dados secundários, obtidos a partir da aplicação do Questionário de Avaliação e Monitoramento da Atenção Básica - QualiAB, no estado de São Paulo em 2017, que contou com a participação de 2.739 serviços de atenção primária. Foi desenvolvido um quadro avaliativo com 8 indicadores cuja respostas dos serviços foram categorizadas de forma dicotômica, sendo 1 o que o serviço refere fazer e 0 o que não refere fazer. Foi calculada a frequência de serviços com resposta positiva para cada indicador.
Resultados 97,4% dos serviços realizam a coleta de citologia oncótica, sendo que 53,5% realizam anualmente para todas as mulheres e 27,7% conforme preconizado: a cada três anos, em mulheres de 25 a 64 anos, com dois exames anteriores normais. 87,6% relatam realizar por livre demanda. Em caso de alteração em exame anterior 72,9% realizam uma ou duas vezes no ano. Para a mamografia, 56,0% relatam seguir a recomendação de solicitação a cada dois anos em mulheres de 50 a 69 anos, sem fatores de risco ou achados clínicos, porém, 75,0% relatam solicitação para todas as mulheres acima de 40 anos. Em casos com risco elevado, 86,13% relaram a solicitação de rotina a partir de avaliação clínica individualizada.
Conclusões/Considerações Existe uma fragilidade dos serviços em seguir os critérios preconizados para rastreamento na população-alvo, com destaque para a coleta da citologia oncótica. Observa-se uma grande parcela de solicitações e coletas dos exames para rastreamento a livre demanda. É necessário investimentos na capacitação dos profissionais de saúde para se apropriarem dessas recomendações e da importância e impacto do rastreamento adequado na população alvo.
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