Sessão Assíncrona


SA3.11 - RASTREAMENTO E MONITORAMENTO DA ATENÇÃO AO CANCER (TODOS OS DIAS)

42112 - ANÁLISE DOS GASTOS AMBULATORIAIS E HOSPITALARES DE NEOPLASIA PROSTÁTICA NO BRASIL: UM ESTUDO DE SÉRIE TEMPORAL
ARLENE LEITE DOS SANTOS SPENGLER - UNIVALI, LEONARDO PEDRO SALESSE - UNIVALI, MARIA EDUARDA MOTTA - UNIVALI, RODRIGO SANT'ANA - UNIVALI, GRAZIELA LIEBEL - UNIVALI


Apresentação/Introdução
Diante do aumento expressivo nos últimos anos com gastos em saúde, especialmente na assistência oncológica, surge a necessidade de estudos de avaliação econômica que auxiliem a tomada de decisão e formulação de políticas de controle do câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, torna-se importante, analisar como está o cenário atual das internações por neoplasias prostáticas no Brasil.

Objetivos
Analisar os gastos hospitalares e ambulatoriais por neoplasias da próstata no Brasil nos últimos dez anos por região e comparar as regiões de saúde levando em consideração as desigualdades socioeconômicas, estruturais e demográficas.



Metodologia
Trata-se de um estudo ecológico, analítico abrangendo todos os 26 estados e o distrito federal. Para analise dos gastos ambulatoriais e hospitalares por neoplasia prostática nos anos de 2010 a 2020 no SUS, foram coletadas informações do DATASUS, SIH, SIA, SIGTAP e SCNES. Foram ainda examinados os bancos de dados do IBGE para definir as características socioeconômicas e demográficas no período de 2010 a 2020. Os dados foram tabulados exportados para o software SPSS versão 21. Foi aplicada estatística descritiva das variáveis obtendo se frequência, média, desvio padrão, valores máximos e mínimos. Para análise inferencial foi utilizado regressão por Modelos Lineares Generalizados.


Resultados
A análise dos dados para câncer de próstata (CaP), de 2010 a 2020, permitiu observar que os indivíduos entre 50 e 79 anos representam 42,26% das internações. Essas internações tiveram crescimento nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, sendo acompanhada pelo aumento do número de óbitos, principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste, cuja taxa de mortalidade foi crescente. Essa relação pode ser explicada pelo diagnóstico tardio em estágios mais avançados da doença, uma vez que, o estágio ao diagnóstico é um fator preditor de prognóstico para neoplasia maligna. As regiões Centro-Oeste e Norte mantiveram-se estáveis no período. A média de permanência de internação foi mais alta na região Norte.

Conclusões/Considerações
Altos números de internações por CaP, sugerem falha na Atenção Básica (AB) na detecção precoce dessa neoplasia. Ao serem diagnosticados em estágio avançado, os pacientes exigem maiores demandas aos serviços públicos de saúde. Assim, o rastreio através da quantificação de Antígeno Específico da Próstata (PSA) e toque retal, são preponderantes no prognóstico da doença, possibilitando maior sobrevida e redução de custos para serviço público de saúde.