SA3.11 - RASTREAMENTO E MONITORAMENTO DA ATENÇÃO AO CANCER (TODOS OS DIAS)
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40502 - MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA SEGUNDO REGIÕES DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2000-2019 FERNANDA MOLEZINI BARBOSA - FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, CYNTHIA BOSCHI PINTO - DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA DO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, PAULINE LORENA KALE - PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA- IESC/UFRJ
Apresentação/Introdução O câncer de mama é a segunda neoplasia com maior incidência a nível mundial e nacional. Estima-se 2,3 milhões de novos casos e 685 mil óbitos no mundo em 2020. No Brasil, estes números foram 66 e 18 mil, respectivamente. Existe grande variação entre países e regiões. Em 2020, as taxas ajustadas de mortalidade variaram entre 9,5/100000 mulheres na região Norte e 12,8 na região Sul.
Objetivos Descrever a magnitude e a tendência da mortalidade por câncer de mama em mulheres residentes no estado do Rio de Janeiro (RJ) de acordo com as nove regiões de saúde do estado, no período entre 2000 e 2019.
Metodologia Estudo descritivo de tendência temporal da taxa anual de mortalidade por câncer de mama em mulheres residentes no RJ, utilizando dados secundários de óbitos do Sistema de Informações de Mortalidade do DATASUS e populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do DATASUS. As taxas anuais de mortalidade por região de saúde do estado foram padronizadas (utilizando-se como padrão a população mundial da OMS) a fim de controlar o potencial efeito confundidor da distribuição etária. Para a análise de tendência foram utilizados modelos de regressão Joinpoint.
Resultados Ocorreram 35903 óbitos por câncer de mama no período 2000-2019 no RJ, correspondendo a uma taxa padronizada de 17,8/100000 mulheres. A análise de tendência revelou um aumento anual de 1,2% (IC95% 0,2-2,2) na segunda metade do período estudado (2011-2019). Em 2019, as maiores taxas ocorreram na região Metropolitana I (18,7/100000 mulheres) e as menores na região Noroeste (13,3/100000 mulheres), evidenciando uma diferença de 1,4 vezes na magnitude da mortalidade entre as duas regiões. Foi observado aumento anual entre 2000 e 2019 nas regiões da Baixada Litorânea (2,5%), Baía da Ilha Grande (2,4%), Norte (1,6%) e Serrana e Médio Paraíba (1,0% cada). Houve estabilidade nas demais.
Conclusões/Considerações O cenário é desafiador para o controle dessa neoplasia no RJ. Valores sistematicamente elevados da mortalidade junto à tendência de aumento ou estabilidade evidenciadas em todas as regiões sugerem que possíveis falhas existentes no sistema de saúde não foram sanadas durante os 20 anos analisados e apontam para a necessidade de (re)direcionamento de políticas públicas e planejamento dos serviços de saúde no estado e regiões.
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