Sessão Assíncrona


SA3.11 - RASTREAMENTO E MONITORAMENTO DA ATENÇÃO AO CANCER (TODOS OS DIAS)

40191 - MORTALIDADE E ACESSO AO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA ENTRE IDOSAS NAS REGIÕES DO BRASIL NO SÉCULO XXI
DALIA ELENA ROMERO - FIOCRUZ, NATHALIA ANDRADE DE SOUZA - FIOCRUZ, CRISTINA MONTERO ARIZALETA - FIOCRUZ, VINÍCIUS DE SOUZA SILVA CARVALHO - FIOCRUZ, YRNEH YADAMIS PRADO PALACIOS - FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
O câncer de mama é um problema relevante de saúde pública por ser o mais incidente em mulheres no mundo. A idade avançada é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. O diagnóstico precoce e o acesso a tratamento adequado são importantes para evitar a morte prematura, diminuir as chances de agravamento do câncer de mama e melhorar a qualidade de vida do portador de câncer.

Objetivos
Apresentar a situação epidemiológica e o acesso ao diagnóstico do câncer de mama em mulheres idosas no século XXI, segundo regiões, utilizando o SISAP-Idoso como principal fonte de informação.

Metodologia
Selecionaram-se indicadores disponíveis no SISAP-Idoso, para as regiões geográficas, no período de 2000 a 2019, relacionadas à mortalidade, morbidade e acesso ao diagnóstico do câncer de mama. Os indicadores contemplam aspectos essenciais sobre a morbidade e a mortalidade por câncer de mama (CID-10 C50) em mulheres idosas, de 60 anos ou mais, além de acesso a serviços. Tiveram como fonte primária de dados o Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM) de 2000 a 2019, o Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS) de 2000 a 2019, da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) de 2003 e 2008 e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013.

Resultados
No Brasil, em 2019, 58,71% dos óbitos de idosas por câncer de mama eram considerados evitáveis. As maiores taxas de mortalidade foram observadas nas regiões Sul, Sudeste. As regiões Centro-oeste, Nordeste e Norte apresentaram tendência crescente nos últimos dez anos. Nas regiões Norte e Nordeste encontraram-se um maior percentual de óbitos por causas mal definidas, o que pode justificar menos óbitos. Em 2000, a taxa de internação por câncer de mama variava de 40,84 no Norte a 121,88 no Sudeste. Em 2019, a maior taxa era de 197,30 no Sul, e a mínima de 86,80 no Norte. Nota-se que o Sudeste e o Sul são as regiões com maior taxa de internação por essa causa, assim como observado na mortalidade.

Conclusões/Considerações
Os resultados apontam para um aumento da mortalidade por câncer de mama para mulheres idosas. O aumento da morbimortalidade se concentra nas regiões Sudeste e Sul e pode ser justificado pela falta de acesso a diagnóstico adequado nas regiões Norte e Nordeste. Isso traz luz a importância da qualidade dos registros de informações em saúde e a relevância de uma melhoria nos serviços de diagnóstico de câncer de mama nas mulheres brasileiras.