SA3.11 - RASTREAMENTO E MONITORAMENTO DA ATENÇÃO AO CANCER (TODOS OS DIAS)
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38786 - COBERTURA DO RASTREAMENTO PARA CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NO BRASIL E REGIÕES ENTRE 2013 E 2020 ÉDNEI CÉSAR DE ARRUDA SANTOS JUNIOR - UFRJ, JEANE GLAUCIA TOMAZELLI - INCA, CAROLINE MADALENA RIBEIRO - INCA, VANIA REIS GIRIANELLI - FIOCRUZ, LUCIANA LEITE DE MATTOS ALCÂNTARA - UFRJ, GULNAR AZEVEDO E SILVA - UERJ
Apresentação/Introdução Países que implantaram o teste Papanicolau como rastreamento para o câncer de colo do útero reduziram a incidência e mortalidade pela doença. Em 2020 a OMS estabeleceu que 70% de mulheres de 35 a 45 anos realizem um teste de alta performance. No Brasil, o rastreamento teve início em 1998 de forma oportunística para mulheres de 25 a 64 anos de idade.
Objetivos Avaliar a cobertura do exame de Papanicolaou no Sistema Único de Saúde (SUS) em mulheres de 25 até 64 anos de idade no Brasil e grandes regiões entre 2013 a 2020.
Metodologia Os dados anuais sobre rastreamento para câncer do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos, no Brasil e grandes regiões de residência, entre 2013 e 2020 foram obtidos no Sistema de Informações ambulatoriais (SIA/SUS). As estimativas da população foram acessadas no site DATASUS e o número de mulheres beneficiárias de planos de assistência médica privada foi o disponibilizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A proxy da cobertura para cada ano foi calculada a partir da razão entre o número de exames citopatológicos dividido por 1/3 da população de mulheres na mesma faixa etária subtraindo-se o percentual das que possuem plano de saúde privado.
Resultados Existe uma grande variação na cobertura do exame de Papanicolaou entre as regiões brasileiras, sendo a mais alta verificada na região Sul em 2013 (76,5%) e a mais baixa na região Norte em 2020 (18,0%). Observou-se tendência de declínio no período em todas as regiões, com queda marcante entre 2019 e 2020.
Conclusões/Considerações As coberturas do exame de Papanicolaou alcançadas foram inferiores ao recomendado e há intensa desigualdade entre as regiões, sendo os mais baixos percentuais verificados nas regiões Norte e Nordeste. O declínio do rastreamento para o câncer do colo do útero, que já vinha acontecendo em todas as regiões, foi ainda maior entre 2019 e 2020 e pode ter relação com a pandemia de Covid-19.
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