SA3.10 - DOENÇAS DE TRANSMISSÃO VETORIAL: DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA (TODOS OS DIAS)
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42441 - ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE POR CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA POR ZIKA VÍRUS NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA MARIA ANGELA ALVES DO NASCIMENTO - UEFS, IRENE DO NASCIMENTO MINCENT - UEFS, JULIANA ALVES LEITE LEAL - UEFS, LUCIANE CRISTINA FELTRIN DE OLIVEIRA - UEFS
Apresentação/Introdução Com a detecção do vírus Zika, além da microcefalia, outras anormalidades neurológicas foram observadas em bebês, como calcificações, ventriculomegalias, irritabilidade distúrbio de deglutição, além de comprometimentos visuais que passaram a definir a Síndrome Congênita associada ao Zika vírus (SCZV). Os cuidados ao acompanhamento do desenvolvimento infantil em crianças com SCZV são mais complexos
Objetivos Analisar o acesso aos serviços de saúde para crianças com SCZ no Brasil; identificar serviços de saúde ofertados a partir de publicações científicas e descrever dificuldades, facilidades enfrentadas pelos familiares para obter acesso por regiões
Metodologia Trata-se de uma revisão integrativa. Os descritores selecionados foram Zika; Healthcare; Brazil; Access, com o operador booleano AND para relacioná-los. A busca foi realizada nos seguintes bancos de dados: PUBMED/MEDLINE, ScIELO, LILACS. Critérios de inclusão: artigos publicados a partir de 2015 até maio de 2020, nos idiomas português e inglês disponíveis na íntegra em meios eletrônicos e que versassem sobre o acesso aos serviços de saúde por crianças com SCZV no território brasileiro. Os estudos resultantes foram analisados com base nas informações do título e resumo, e depois, lidos na íntegra. A análise dos resultados foi realizada por meio da Análise de Conteúdo de Bardin.
Resultados Dentre 696 artigos, 14 foram excluídos por duplicidade e 676 após leitura de títulos e resumos, e 2 após leitura integral, totalizando 5 artigos submetidos à análise do acesso a partir das dimensões de acesso: disponibilidade, adequação funcional, acessibilidade, capacidade financeira e aceitabilidade. A condição de emergência da SCZV criou expansão de serviços, construção de protocolos para manejo e financiamento de pesquisas. Já as dificuldades foram maiores: longas filas de espera, escassos especialistas, intensa fragmentação dos serviços, enormes distâncias territoriais, parcos subsídios em relação às despesas exigidas para tratamento apropriados e suspensão de tratamentos
Conclusões/Considerações Apesar das descobertas da comunidade científica em relação ao Zika, a produção científica voltada para o acesso de serviços de saúde por crianças com SCZV ainda é incipiente e configura limitação para a análise. No auge da epidemia houve forte mobilização em relação a SCZV, mas, com o tempo, a epidemia de Zika vírus permanece sem responder como reorganizar os serviços de atendimento do SUS para atenderem às crianças afetadas e suas famílias.
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