Sessão Assíncrona


SA3.10 - DOENÇAS DE TRANSMISSÃO VETORIAL: DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA (TODOS OS DIAS)

41522 - TRANSMISSÃO EPIDÊMICA DE DENGUE, VACINAÇÃO ANTIAMARÍLICA E INCIDÊNCIA DE ZIKA NO BRASIL: ANÁLISE DA SOBREPOSIÇÃO ESPACIAL
KAMILA CORREA DA COSTA SANTOS - IESC/UFRJ, GERUSA BELO GIBSON DOS SANTOS - IESC/UFRJ, GUILHERME LOUREIRO WERNECK - IESC/UFRJ


Apresentação/Introdução
As repercussões da emergência do vírus Zika no Brasil em áreas com diferentes níveis de transmissão de dengue e de cobertura vacinal antiamarílica são pouco conclusivas quanto aos efeitos da imunidade acumulada por flavivírus na população.

Objetivos
Analisar a sobreposição espacial entre indicadores de circulação epidêmica de dengue e de vacinação antiamarílica (2006 a 2015) e incidência de Zika no Brasil no biênio 2015- 2016.

Metodologia
Estudo ecológico descritivo, cujas unidades de análise são as microrregiões brasileiras. Foram calculadas as taxas de incidência bruta e suavizadas de Zika do período de 2015 e 2016, a frequência de anos epidêmicos de dengue, assim como a proporção da população imunizada contra febre amarela nos 10 anos anteriores à epidemia de Zika (2006 a 2015). Foram elaborados mapas coropléticos dos referidos indicadores no software QGIS.

Resultados
Foi observado um padrão de ampla dispersão espacial de Zika no país no biênio 2015-2016, porém as maiores taxas ficaram concentradas em microrregiões das Regiões Centro-Oeste e Nordeste. Em relação à frequência de transmissão epidêmica de dengue nos anos 2006-2015, as áreas em maior destaque foram microrregiões localizadas principalmente no Centro-Oeste, em menor proporção em porções das Regiões Nordeste e Sudeste. Em relação à vacinação antiamarílica, observou-se agregados de microrregiões com maiores proporções de vacinação na Região Norte e na faixa fronteiriça da Região Nordeste com Norte, assim como no Centro-Oeste.

Conclusões/Considerações
A análise visual sugere sobreposição espacial de áreas de incidência de Zika e de transmissão epidêmica prévia de dengue, o que pode ser decorrente de condições ambientais mais favoráveis à transmissão de arboviroses nessas áreas. Estudos que visem ampliar a compreensão os efeitos da imunidade populacional acumulada por flavivírus são prementes diante da possibilidade de novas ondas epidêmicas de Zika.