Sessão Assíncrona


SA3.10 - DOENÇAS DE TRANSMISSÃO VETORIAL: DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA (TODOS OS DIAS)

40786 - CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS ENTRE PACIENTES COM DENGUE E CHIKUNGUNYA EM SALVADOR, BAHIA
RAFAELLI PEREIRA SANTOS - ESCOLA DE ENFERMAGEM - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, INSTITUTO GONÇALO MONIZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, ROSANGELA OLIVEIRA DOS ANJOS - INSTITUTO GONÇALO MONIZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, ALAN JOSÉ ALCÂNTARA DE FIGUEIREDO JÚNIOR - FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, INSTITUTO GONÇALO MONIZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, MONAÍSE MADALENA OLIVEIRA E SILVA - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS., PATRÍCIA SOUSA DOS SANTOS MOREIRA - INSTITUTO GONÇALO MONIZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, LEILE CAMILA JACOB NASCIMENTO - INSTITUTO GONÇALO MONIZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, MOYRA MACHADO PORTILHO - INSTITUTO GONÇALO MONIZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, MITERMAYER GALVÃO DOS REIS - FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, INSTITUTO GONÇALO MONIZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, GUILHERME DE SOUSA RIBEIRO - FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, INSTITUTO GONÇALO MONIZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ


Apresentação/Introdução
Os arbovírus dengue (DENV) e chikungunya (CHIKV) são amplamente transmitidos em todo território brasileiro. A co-circulação de dengue e chikungunya dificulta o diagnóstico correto de pacientes com doença febril aguda, pois o espectro de manifestações clínicas dessas arboviroses se sobrepõem significativamente.

Objetivos
Identificar aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais associados a infecções por DENV e CHIKV.

Metodologia
Estudo de corte transversal, em uma unidade de pronto-atendimento de Salvador entre set/2016 e fev/2020, incluiu participantes com idade ≥6 meses com febre e/ou exantema nos últimos 7 dias. Testes moleculares e sorológicos foram realizados para detecção de infecção aguda (RT-PCR positivo, soroconversão de IgM ou ELISA-NS1) ou recente (IgM positivo nos primeiros 7 dias de sintomas) por DENV e CHIKV. Dados demográficos, socioeconômicos e clínicos foram coletados por entrevistas, e dados de presunção diagnóstica e exames laboratoriais foram obtidos dos prontuários médicos. Teste Qui-quadrado de Pearson foi aplicado para avaliar se havia diferenças estatisticamente significantes entre os grupos.

Resultados
Dos 2.697 participantes, 847 (31,4%) apresentaram infecção por arbovírus, 75 (2,8%) tiveram infecção aguda por DENV, 377 (14,0%) por CHIKV e 12 (0,4%) por ambos, e 383 (14,2%) tiveram infecção recente por DENV e/ou CHIKV. Comparando aqueles com infecção aguda por CHIKV e DENV, observou-se diferenças nas frequências de idade (23,6% [35-44 anos] e 33,3% [15-24 anos], respectivamente), na frequência de artralgia (92,5% e 61,3%), mialgia (93,8% e 76,0%), dor nas costas (78,9% e 58,1%) e rash (36,2% e 25,3%), na frequência em que um diagnóstico presuntivo foi feito corretamente (3,8% e 9,3%) e na frequência de plaquetopenia -<150.000/mm³- (21,3% e 52,2%) e leucopenia -<4.500/mm³- (22,7% e 43,5%).

Conclusões/Considerações
Apesar das diferenças clínicas observadas, um diagnóstico presuntivo correto foi exceção, reforçando a importância dos serviços de saúde disponibilizarem métodos diagnóstico para detecção das arboviroses.