SA3.10 - DOENÇAS DE TRANSMISSÃO VETORIAL: DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA (TODOS OS DIAS)
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40649 - PADRÃO ESPACIAL DA OCORRÊNCIA DA FEBRE CHIKUNGUNYA NO ESTADO DE PERNAMBUCO DURANTE PERÍODO PANDÊMICO. AMANDA PRISCILA DE SANTANA CABRAL SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA; INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES - FIOCRUZ PERNAMBUCO, EMÍLIA CAROLLE AZEVEDO DE OLIVEIRA - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES - FIOCRUZ PERNAMBUCO, MAIANA RANYELLE DOS REIS SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA, MARIA GRAZIELE GONÇALVES SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA, JÔNATAS LUCAS MARCELINO DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA
Apresentação/Introdução A Febre Chikungunya, arbovirose com potencial epidêmico, teve sua autoctonia confirmada em Pernambuco no ano de 2015. Trata-se de uma doença que apresenta similaridade de sintomas com outros agravos podendo inclusive inicialmente se assemelhar àqueles observados na COVID-19. O monitoramento espacial de uma doença influenciada por condições ambientais pode ser útil para apoiar a gestão em saúde.
Objetivos Analisar o padrão espacial da ocorrência da Febre Chikungunya no estado de Pernambuco no ano de 2021.
Metodologia Trata-se de estudo epidemiológico ecológico, que utilizou como unidade de análise os municípios de Pernambuco. As taxas de incidência de Febre Chikungunya segundo o município de residência, no ano de 2021, foram suavizadas por meio de estimador bayesiano empírico local e, posteriormente, foi investigada a presença de autocorrelação espacial global e local por meio do Índice de Moran. Os dados foram obtidos do banco de dados não nominal de Febre Chikungunya do Sistema Nacional de Agravos de Notificação disponível no Datasus. Foram utilizados os softwares TerraView 4.2.2 e Qgis 2.18.9. A base cartográfica foi disponibilizada no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Resultados Foram confirmados 20.807 casos de Febre Chikungunya em Pernambuco (215,1 casos/100 mil hab), com 82,4% dos casos (n=17.103) concentrados em 5 dos 185 municípios do estado (Recife, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Paulista e Olinda). A partir das taxas de incidência bayesianas foi confirmada a autocorrelação espacial global do evento (IMG=0,10; p=0,031); A autocorrelação espacial local indicou clusters significantes de alta ocorrência formados por 17 municípios, com destaque para os localizados na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata Sul Pernambucana. Clusters significantes de baixa ocorrência foram identificados nas Macrorregiões Sertão e Vale do São Francisco e Araripe.
Conclusões/Considerações A análise espacial possibilitou identificar uma alta concentração de casos de Febre Chikungunya em menos de 3,0% dos municípios pernambucanos e taxas com alta correlação espacial em áreas bem específicas. Trata-se de uma doença cujo vetor está presente em todo o estado; sugere-se que, apesar da alta notificação, pode ter ainda ocorrido subnotificação que, dentre outros fatores, pode ter sido influenciada pelo período pandêmico.
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