Sessão Assíncrona


SA3.10 - DOENÇAS DE TRANSMISSÃO VETORIAL: DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA (TODOS OS DIAS)

39041 - DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE CASOS CONFIRMADOS DE FEBRE CHIKUNGUNYA NO TRIÊNIO 2015 A 2017 NO ESTADO DE PERNAMBUCO
GUILHERME ALVES DE SIQUEIRA - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/FIOCRUZ PERNAMBUCO, AMANDA PRISCILA DE SANTANA CABRAL SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO(CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA), WAYNER VIEIRA DE SOUZA - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/FIOCRUZ PERNAMBUCO


Apresentação/Introdução
A Febre Chikungunya é uma arbovirose, transmitida por mosquitos do gênero Aedes. Primeiramente descrita nos anos 50 na África, e o inicio do século XXI vem se expandido globalmente, causa sintomas febris, exantemas e fortes dores articulares, a artralgia pode cronificar, tornando a doença um problema de saúde pública. Desde 2016 todos os Estados do Brasil apresentam endemicidade para o agravo.

Objetivos
Este estudo teve como objetivo descrever a distribuição espacial dos casos confirmados de Febre Chikungunya no Estado de Pernambuco, entre os anos de 2015 a 2017.

Metodologia
Estudo de tipo ecológico, sendo o atributo de interesse a taxa de incidência de casos confirmados, pelo critério clínico epidemiológico e/ou laboratorial, de Febre Chikungunya no Estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Para cálculo do coeficiente de incidência (casos/população em exposição*100.00 habitantes) as estimativas da população foram retiradas do DATASUS, a unidade espacial de análise foram os 184 municípios do Estado.. Construiu-se mapas temáticos com a taxa de incidência para cada ano de estudo (2015, 2016 e 2017). Calculou-se também a razão de incidência padronizada (incidência do município no período/incidência média do estado no período).

Resultados
Incidência no período foi de 55 casos/100 mil hab, distribuídos da seguinte forma no triênio: 2015-6 casos/100 mil hab, 2016-147 casos por 100 mil hab e 2017-12 casos/100 mil hab, as macrorregiões mais afetadas foram a Agreste e Metropolitana com incidências de 64 e 63 casos/100 mil hab, respectivamente, a região do Sertão foi a menos afetada com incidência de 12 casos/100 mil hab. Em relação à razão de incidência padronizada, em 2016 com aumento dos casos 17 municípios tiveram uma razão de cinco vezes a média de casos do Estado, a maioria se concentrando também nas macrorregiões Agreste e Metropolitana, com exceção de Araripina, na macrorregião do Vale do São Francisco e Araripe.



Conclusões/Considerações
O estudo permitiu a espacialização do agravo no período de inicio da transmissão autóctone, período pandêmico e endêmico, descrevendo por meio da incidência os locais mais afetados, sendo uma ferramenta útil para o direcionamento das ações de saúde em futuros surtos. Outros estudos que agreguem outras variáveis ecológicas podem contribuir mais para o entendimento da dinâmica da Febre Chikungunya no território.