Sessão Assíncrona


SA3.9 - INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSIVEIS A ATENÇÃO PRIMARIA (ICSAP) (TODOS OS DIAS)

41577 - INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO PRIMÁRIA (ICSAP) EM FLORIANÓPOLIS, SC, 2017-2021.
VINICIUS PAIM BRASIL - UFSC, FULVIO BORGES NEDEL - UFSC, JULIANA PRESTES FERIGOLLO - UFSC


Apresentação/Introdução
As ICSAP são um indicador de resolubilidade da APS, ao medir sua capacidade de evitar a hospitalização por condições tipicamente atendidas na “porta de entrada” do sistema de saúde. Conhecer o quanto a Covid19 influenciou no cuidado de outros agravos é de extrema importância, pois através da avaliação destas taxas por CSAP antes da pandemia e nos anos de 2020 e 2021, podemos apontar para este impacto.

Objetivos
Descrever as ICSAP no município de Florianópolis/SC, no período de 2017-2021 e as mudanças observadas com a epidemia de Covid-19.

Metodologia
Estudo descritivo de carácter ecológico a partir de dados das Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) do Sistema Único de Saúde (BD-SIH/SUS) sobre residentes em Florianópolis, SC, internados de 01/01/2017 a 31/12/2021 As CSAP foram classificadas segundo a Lista Brasileira, com 19 grupos de causa.

Resultados
De 2017 a 2019, houve 63.930 internações pelo SUS de residentes em Florianópolis, 16,7% delas por ICSAP, correspondendo a uma taxa de 7,2 por 1000 hab. Os principais grupos de causa foram: doenças cerebrovasculares (12,2%), angina (10,4%), pneumonias bacterianas (10,3%), DPOC (9,7%) e infecção urinária (8,5%). Nos anos 2020-2021 houve 36.193 internações, sendo 15,3% (5.523) por ICSAP, com uma taxa de 5,6 por 1000 hab. nas quais os grupos principais em ordem foram: doenças cerebrovasculares (15,4%), angina (12,2%), infecção urinária (10,2%),insuficiência cardíaca (8,5%) e DPOC (8,4%)

Conclusões/Considerações
Houve uma redução de 23% na taxa de ICSAP em relação ao período pré-pandêmico, apresentando mudança na distribuição das 5 causas principais, mas com manutenção das doenças cerebrovasculares como causas principais nos dois períodos avaliados. A mudança é grande demais para ser interpretada como melhora da resolubilidade da APS, mas sugere a possibilidade de redução dessas taxas em períodos de normalidade epidemiológica.