Sessão Assíncrona


SA3.9 - INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSIVEIS A ATENÇÃO PRIMARIA (ICSAP) (TODOS OS DIAS)

38929 - ÓBITOS OCORRIDOS DURANTE AS INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO PRIMÁRIA EM MENORES DE CINCO ANOS, BAHIA, BRASIL, ENTRE 2009 E 2019
MÁRCIA REIS ROCHA ROSA - UEFS, CARLOS ALBERTO LIMA DA SILVA - UEFS, ALOÍSIO MACHADO DA SILVA FILHO - UEFS, TAMIRES PEREIRA DOS SANTOS - UEFS


Apresentação/Introdução
As Condições Sensíveis à Atenção Primária (CSAP) representam entidades mórbidas prevenidas, resolvidas ou controladas a nível da Atenção Primária à Saúde, de forma que não deveriam levar a hospitalizações. Quando um óbito ocorre durante uma hospitalização por CSAP, ele é inaceitável e passa a compor as estatísticas relativas a mortalidade infantil por causas evitáveis.

Objetivos
Analisar a tendência temporal dos óbitos ocorridos durante as Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) em menores de cinco anos no estado da Bahia, Brasil, 2009 a 2019.

Metodologia
Estudo ecológico tipo série temporal com dados do SIH/SUS extraídos por meio do TabWin. Foram incluídas AIH tipo 1 pagas e excluídas AIH tipo 5. Incluídas todas as crianças menores de 5 anos e desagregadas por subgrupos etários internadas por CSAP no SUS entre anos de 2009 a 2019, residentes no estado da Bahia. A proporção de óbitos foi calculada para cada ano da série. Foram estimadas as tendências temporais das proporções de ICSAP na linguagem computacional R pelo modelo de regressão linear simples com correção pelo método de Prais-Winsten. O nível de significância adotado foi de 5%.

Resultados
Nos onze anos da série ocorreram 1.391 óbitos em menores de 5 anos, dos quais 18,6% no período neonatal (0 a 27 dias), 56,8% no período pós-neonatal (28 dias a 11 meses) e 24,6% entre 1 e 4 anos. Maior proporção de óbitos entre as ICSAP em neonatos (média de 1,76%; DP±0,77; CV=44,08%; Assimetria=0,37) com tendência de decréscimo, saindo de 2,54% em 2009 para 1,41% em 2019 (VPA=-12,86; p-valor <0,05). Menores de 1 ano (média=0,79 %; DP±0,08; CV=9,63%; Assimetria=-0,25), tendência de decréscimo (VPA = -2,20; p-valor <0,05). Tendência decrescente no subgrupo de 28 dias a 11 meses e crescente no grupo de menores de 5 e de 1 e 4 anos, porém sem significância estatística.

Conclusões/Considerações
A maior proporção de óbitos no período neonatal é explicada pela maior vulnerabilidade do extremo de vida (BRASIL, 2012). Contudo, a tendência de decréscimo dos óbitos neste período de vida aqui identificado sugere melhoria da assistência neonatal no estado da Bahia.