SA3.6 - ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS NA APS: TERRITÓRIOS E INTEGRAÇÃO (TODOS OS DIAS)
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44470 - DISSONÂNCIAS NO PROCESSO DE TRABALHO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA PROPOSTA DE ACOLHIMENTO: REFLEXÕES DE UMA EXPERIÊNCIA NA ESF MARIANA SANTOS AMARAL - UNEB, LORENA SILVA BARBOSA DE JESUS - UNEB, CAMILA SANTOS ALVES - UNEB, GABRIELA ROMÃO DE ALMEIDA CARVALHO SANTOS - UNEB, MARCIO COSTA DE SOUZA - UNEB, IGOR BRASIL DE ARAÚJO - UNEB, SÓSTENES CONCEIÇÃO DOS SANTOS - UNEB, ISABELLE MAIA - UNEB, SILVANA LIMA GUIMARÃES FRANÇA - UNEB, BRUNA EDUARDA GOMES DOS SANTOS - UNEB
Período de Realização A análise da experiência foi feita de março a maio de 2022.
Objeto da experiência Modelo de acolhimento implementado por uma Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Salvador.
Objetivos Descrever o modelo de acolhimento em desenvolvimento em uma Unidade de Saúde da Família no município de Salvador, bem como discutir sua operacionalização.
Metodologia Trata-se de um relato de experiência de Residentes em Saúde da Família com trabalhadores de uma USF, sobre o desenho do modelo de acolhimento implementado nesta USF em Salvador-BA. Nesta unidade funcionam quatro equipes, onde o modelo é estrurado implantado se intitulou como “equipe de acolhimento do dia”. A discussão do modelo já estava em curso no momento em que as Residentes entraram em campo. Essas acompanharam reuniões e participaram de capacitação sobre classificação de risco.
Resultados Neste modelo, existe um processo de triagem na portaria, orientando o fluxo de usuários. Concomitantemente, entre sete a nove vagas por turno se destinam à realização da “primeira escuta”, em que um dos profissionais da equipe de acolhimento do dia (entre enfermeiros e NASF) acolhe e analisa a história clínica e psicossocial do usuário, realiza classificação de risco e define a conduta baseada em sua necessidade; o encaminhamento médico ocorre após este último movimento.
Análise Crítica Alguns trabalhadores explicitaram um descontentamento em estar na função de triagem, pois entendiam ser uma competência que denotaria uma desprestígio. Além disso, há limitação de vagas para o usuário ter acesso ao próprio acolhimento, e o profissional médico não é incluído nesta etapa da primeira escuta, gerando questionamentos e hierarquização. O modelo que é implementado na unidade acaba sendo médico centrado, o que impede de explorar as outras possibilidades de oferta de cuidado do acolhimento.
Conclusões e/ou Recomendações Existe uma demanda de inserção das diversas categorias profissionais de forma transversal, além de pensar outras possibilidades de resolução dos casos. Tornou-se urgente repensar o modelo de acolhimento, com vistas a combater o tecnicismo, encaminhômetros e protocolos de queixa-conduta. É necessário entendê-lo enquanto uma prática de uso intenso de tecnologias leves, com ampliação do diálogo com resolutividade e criação de vínculos.
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